segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Levitron - Pião Magnetico

O Levitron é basicamente um pião magnético que levita. Este equilibrio só ocorre enquanto existir rotação.
http://www.feiradeciencias.com.br/sala13/13_36.asp
Neste primeiro vídeo o apresentador faz uma brincadeira com uma tesoura, como se estivesse cortanto um fio, mas o que ocorre (como explicado no vídeo) é uma interferência da tesoura sobre o magnetismo do pião.
porta retrato levitacao magnetica
Na imagem acima temos um outro exemplo de levitação magnética. Na qual existe uma base e um topo, porém o princípio
envolvido é bem diferente dos anteriores. O globo e o porta-retrato ‘flutuam’ em
levitação MESMO SEM ROTAÇÃO; esse é o diferencial básico. Nesse modelo há “uma
pilha ou bateria” na base do aparelho que alimenta um eletroímã que atrai e
sustenta a peça de ferro que está dentro do globo ou porta-retrato, mantendo-os
em equilíbrio instável. Qualquer tentativa de ‘cair’, um sensor Hall acusa a
modificação na relutância do eletroímã e envia uma corrente mais intensa ao
eletroímã (menos intensa se a tendência for ‘subir’). [Obrigado Luiz Ferraz Netto pelas correções deste texto]
http://www.coolest-gadgets.com/20060624/magnetic-levitation-ornament/
Estas peças são interessantes para enfeitar a mesa de um escritório.
Não é magia, é tecnologia! :-)
OBS: em algumas universidades e empresas o acesso ao YouTube é bloqueado e não é possível assistir aos vídeos


fonte: http://www.gluon.com.br/blog/2006/06/28/videos-levitron/

Levitron - Feira de Ciências - Pião Magnetico

http://www.feiradeciencias.com.br/sala13/13_36.asp



Levitron(Levitação por rotação)
Prof. Luiz Ferraz Netto
leo@feiradeciencias.com.br 
Dentro do tema 'Levitação magnética', vamos descrever um curioso dispositivo, registrado sob o nome "Levitron", que é comercializado como 'brinquedo'.
O Levitron comporta duas partes distintas: uma base (que é colocada sobre a mesa de trabalhos) e  um pião com eixo alongado. A base e o pião são essencialmente dois ímãs, porém, colocados de tal forma que os pólos de mesmo nome se defrontam (por exemplo, o PN da base e o PN do pião). O ajuste desses ímãs, durante o processo de fabricação, deve ser feito de modo bastante cuidadoso.
 
Surgem, como era de se esperar, quatro forças magnéticas sobre os pólos magnéticos do pião, duas de repulsão e duas de atração, com respeito aos pólos dos ímãs da base e uma força gravitacional (seu peso), com respeito á Terra.
A dependência com a distância dessas forças magnéticas fazem com que (devido ao modo como os ímãs são dispostos) a resultante delas se oponha á força gravitacional e, assim, o pião levita sobre a base.
Entretanto, qualquer que seja a mínima inclinação em relação á vertical (e isso é impossível de evitar), tais pares de forças magnéticas criam momentos (binários, torques) que tendem a tombar o pião, levando-o para baixo. É impossível mantê-lo levitando 'estaticamente'.
Para evitar que isso ocorra o pião deve estar descrevendo um movimento de rotação, já que, nessa condição, o momento atua de forma giroscópica e o eixo do pião não tomba, mantendo-se mais ou menos na mesma direção que aquela do campo magnético resultante.
O momento de rotação é equivalente ao movimento de precessão de um pião comum. O eixo é, em princípio, quase vertical, porém conforme a velocidade angular vai diminuindo, um leve oscilação aparece nesse eixo.
Com efeito, o princípio de funcionamento é similar ao de um pião comum. É quase impossível que um pião comum, sem girar, fique equilibrado sobre sua ponta metálica e não caia. Entretanto, enquanto está girando, o equilíbrio se mantém. Ao diminuir a velocidade esse pião comum começa 'a balançar a cabeça' até que, finalmente, cai. Exatamente isso é o que ocorre com o Levitron.
O aspecto da estabilidade é muito delicado no Levitron. Definitivamente, o sistema apenas funciona dentro de limitada faixa de alturas, algo entre 3 e 4 cm contados desde o centro da base. A altura final para o equilíbrio depende principalmente do peso do pião e das forças de campo devidas á base.
Existem outros fatores, como a temperatura (que afeta a magnetização dos ímãs) que podem alterar a estabilidade de equilíbrio. Relativamente á freqüência de rotação, a faixa estável encontra-se entre 20 e 26 Hz (rps), ficando completamente instável abaixo dos 18 Hz e acima dos 30 Hz.
Tanto os ímãs como o próprio pião são feitos com material cerâmico. Se fossem metálicos, com o movimento de rotação, surgiriam correntes elétricas de indução (correntes de Foucault) as quais, devido á resistência ôhmica dos materiais, dissipariam a energia cinética de rotação. Com materiais cerâmicos, que são isolantes elétricos, evita-se o aparecimento de tais correntes parasitas.
Idealmente, o Levitron levitaria indefinidamente. Entretanto, devido á resistência viscosa do ar, a energia cinética de rotação vai progressivamente dissipando e, após alguns minutos de funcionamento, quando a freqüência de rotação cai abaixo dos 18 Hz (18 rotações por segundo --- mínimo de estabilidade) o pião cai.
Meu Levitron, da marca ´Boeing´ foi presente de um amigo residente no Canadá e antigo listeiro do Ciencia-List. Eis duas fotos em oportunidade que brinco com o aparelho e um link para pequeno filme dessa proeza <clique aqui>:
Dispondo-se o sistema em uma câmara de vácuo o intervalo de tempo de funcionamento pode se elevar aos 30 minutos. Por outro lado, pode-se aproveitar do próprio ar para compensar a perda de velocidade angular, e com isso o tempo de funcionamento. Isso se consegue através de um adequado jato de ar dirigido tangencialmente ao pião que levita, de forma a manter a freqüência de rotação dentro da faixa de estabilidade. Dessa forma, se pode (e já estou ciente de que isso foi conseguido) manter um Levitron funcionando durante dias.
Há outros processos que permitem uma levitação magnética; apresento um deles, bem didático, usando das correntes de Foucault, em: http://www.feiradeciencias.com.br/sala13/13_04.asp .
Como se constata, não há muito 'segredo' nas levitações magnéticas ... desde que usemos dos modelos básicos da Ciência. Agora, quando você observar alguém fazendo realmente algo levitar (não com os belos truques de mágicos circenses, os quais admiro com respeito) já saberá onde está a 'parte científica' da coisa. Mas, o que gostaria mesmo de ver, é um místico fazendo com que um pião comum levite usando seus 'extraordinários poderes ocultos'. Contatem-me, quando alguém se dispuser a fazer isso!


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Perdeu os óculos? Aprenda um truque para enxergar bem sem precisar deles!

!


Publicado em 6.05.2014
door-peep-hole-by-robertmontalvo
Quem tem algum problema de visão e depende de óculos para enxergar as coisas com nitidez, sabe como é triste perdê-los, ou esquecê-los. Depois que a gente descobre como precisa deles, a dependência do par de lentes ideal para os nossos olhos só aumenta. E ficar sem ele é quase como ficar sem direção.
Isso tudo por um motivo muito simples: a visão é o sentido humano mais convincente, digamos assim. Palavras, histórias e sons são legais e dão boas noções para a gente. Mas o ser humano de uma maneira geral precisa ver para crer. E só depois de ver com os próprios olhos (ou às vezes com as mãos) realmente acreditamos que algo realmente existe. Por isso nos esforçamos tanto para corrigir defeitos de visão – seja com óculos, lentes ou até cirurgia.

https://youtu.be/OydqR_7_DjI
Mas podemos perder nossos óculos de vista. Eles podem quebrar – o que acontece com mais frequência do que gostaríamos -, ou simplesmente podemos sair de casa com pressa e deixá-los para trás. De agora em diante, você nunca mais vai ficar na mão, porque vamos ensinar um truque supersimples para quebrar o seu galho.

O truque

Para quando você estiver sem seus óculos, existe um truque que funciona quase como mágica para fazer você enxergar com nitidez. Basta fazer um buraquinho bem, mas bem pequeno mesmo usando o seu dedo indicador. Então, olhe através dele e voilá! Veja como funciona a partir de 25 segundos, no vídeo abaixo:
De agora em diante, chega de ficar apertando os olhos para ver melhor! Até porque, segundo o Minute Physics, o canal criador deste vídeo, esse truque funciona para todos – independente de quão embaçada seja a sua visão. Tire seus óculos e faça o teste agora:
snellen
Demais, não é? Comigo deu certo!
Mas por quê?

Como funciona?

Basicamente, a nossa visão funciona da seguinte maneira: a luz sai de uma determinada fonte, reflete nos objetos e viaja até os nossos olhos, chegando à nossa retina, onde uma imagem será formada. O problema é que a luz atinge a sua retina em vários lugares, o que resulta em uma imagem fora de foco.
Para corrigir isso, temos o cristalino, que funciona basicamente com uma lente, de maneira que seu trabalho é focar a luz em um único ponto da retina. Porém, o cristalino só pode focar a luz que vem de uma determinada distância. Se um objeto está muito perto, ou muito longe, sua luz irá se espalhar pela retina, formando uma imagem borrada.
Felizmente, os músculos dos nossos olhos nos permitem acomodar um pouco melhor a luz. Aliás, é exatamente isso que tentamos fazer quando ficamos espremendo os olhos. Quando apertamos o globo ocular, provocamos mudanças focais que nos permitem ver com nitidez a diferentes distâncias. Mas, de vez em quando, nossos olhos não são capazes de fazer isso espontaneamente. É aí que precisamos usar óculos.
Diferentemente do cristalino, um buraquinho muito muito pequeno (do tamanho de uma cabeça de alfinete) consegue focar a luz proveniente de QUALQUER distância. Justamente por ser tratar de um orifício muito pequeno, permite que a luz venha de apenas um lugar e, portanto, de apenas uma direção a partir de qualquer fonte. Assim, não existe a possibilidade de formar uma imagem borrada.
O único detalhe é que essas imagens nítidas são formadas a partir do bloqueio da luz, ao invés do foco, o que resulta em imagens mais escuras. Inclusive é por isso que usamos lentes ao invés de buracos.
Conclusão: fazer um buraquinho com o dedo e olhar através dele é ideal para ver imagens de forma mais nítida, porém mais escura, quando estiver sem óculos.

10 Coisas para Enganar seu Cérebro


Antes de mais nada, cada um tem a sua denominação para mente. Para mim, a mente é um conjunto de fatores internos ao que denominamos de “encéfalo”. É algo subjetivo, individualmente construído e individualmente expressado, mas que provém de uma origem comum – anatomia e neuroquímica encefálica. A mente humana nos engana de todas as maneiras possíveis, pois é burra e inocente. É como um padrão binário que segue sempre os mesmos comandos pelos mesmos caminhos e que sempre espera pela mesma recompensa (a famosa dopamina). Só percebemos um erro de cálculo quando tomamos conhecimento desse erro, daí podemos corrigi-lo. Aliás, é uma patologia neurológica não possuir conhecimento consciente do erro, algo denominado na clínica de comportamento perseverante (ex: motor). Mas isso é algo para outro post.
Você vê o que acontece no mundo real ou não sente e escuta aquilo que realmente acontece no ambiente? Aliás, o que é o mundo real? Eis alguns truques para enganar sua mente. E perceba, a mente só nos passa aquilo que ela quer inconscientemente.

Procedimento de Ganzfeld

O procedimento de Ganzfeld é um isolamento sensorial da mente que foi primeiramente introduzido na psicologia experimental em meados de 1930.
Ligue o rádio e o deixe em ruído branco. Então deite num lugar confortável e coloque um par de bolas de tênis de mesa cortadas ao meio em seus olhos (vide figura). Dentro de minutos você deverá começar a ter experiências bizarras de distorções sensoriais (mas nada a se preocupar).
As pessoas vêem várias coisas, luzes que se movem, animais, parentes mortos. Há relatos de sons de pessoas, chamados, etc (eu particularmente ouvi minha mãe me chamando, como se tivesse chamando a atenção). Estudos indicam que devido à falta de informações sensoriais, as quais são cortadas pela estática (audição), pelas bolas de tênis de mesa (visão) ou pela baixa – ou nula – movimentação do corpo na cama ou sofá (propriocepção), o encéfalo acaba adotando as próprias variáveis e puxando do subconsciente essas informações que dependem das experiências prévias da pessoa. Podemos dizer que é um LSD natural do encéfalo, mas (bem) mais brandos.

Encolha a sua dor

Caso se machuque, veja a parte do corpo em que houve a lesão através de um binóculo invertido. Em breve a dor irá diminuir também.
Pesquisas da Universidade de Oxford descobriram um novo analgésico – o binóculo invertido (outro efeito placebo, para meu delírio). Cientistias mostraram que quando uma mão dolorida era vistas através de um binóculo invertido – fazendo a mão parecer menor – as pessoas sentiam significativamente menos dor, além de diminuição do inchaço. Aliás, o mesmo é válido se você fizer o contrário (tá… essa eu não testei). De acordo com os pesquisadores, isso demonstra que até as sensações corporais mais básicas, tais como a dor, são moduladas de acordo com o que se vê.

Confunda sua propriocepção

Isso requer duas cadeiras e uma venda. A pessoa que estiver utilizando a venda deve se sentar atrás da cadeira, de frente para as costas da pessoa que se sentar àfrente. A pessoa “cega” então coloca sua mão no nariz da outra pessoa ao mesmo tempo em que coloca a outra mão no próprio nariz. Mexa gentilmente em ambos narizes. Por volta de 1 minuto, mas de 50% dos indivíduos relatam que seus narizes ficaram aparentemente maiores. Isso é denominado Efeito Pinóquio.
O Efeito Pinóquio é uma ilusão na qual o nariz de alguém começa a crescer, assim como na literatura. É uma ilusão da propriocepção, revista por Lackner (1988) e Ehrsson e cols (2005).
Para explicar esse efeito de outro modo, um vibrador é aplicado ao tendão do bíceps enquanto se segura o próprio nariz com a mão cujo bíceps tem o vibrador. O vibrador então estimula os fusos musculares no bíceps que normalmente seriam estimulados pelo estiramento muscular do braço que apóia a mão no nariz, gerando uma ilusão cinética na qual o braço se afasta do rosto. Como os dedos ainda seguram o nariz – ainda fornecendo informação tátil – aparentemente o nariz se move para longe da face também em forma de captura perceptual. Fenômenos similares acontecem quando utilizamos uma venda.

Confunda seu Consciente

Levante seu pé direito uns poucos centímetros do chão e mova-o na direção horária. Enquanto faz isso, utilize seu dedo indicador direito para desenhar o número 6 no ar. Seu pé irá se mover na direção anti-horária (e não há nada que você possa fazer para evitar isso).
O lado esquerdo do seu cérebro, o qual controla o lado direito do corpo, é responsável pela coordenação. O lado esquerdo do seu cérebro não pode se sincronizar, pois há dois movimentos opostos ao mesmo tempo, combinando os movimentos num único.
Outro efeito interessante ocorre na Ilusão de Aristóteles
Feche os olhos. Sobreponha o dedo médio sobre o indicador ou vice-versa, como na figura abaixo. Quando duas partes da pele são tocadas por um mesmo objeto (lápis) enquanto os dedos estão sobrepostos há a sensação da parte do corpo ser tocada por dois objetos diferentes (para ficar mais fácil, peça para a pessoa que é tocada para relatar em qual parte do dedo o lápis toca, mas você pode fazer em si mesmo). Se tocarmos a parte externa dos dedos (o lado ulnar do indicador e o lado radial do dedo médio) simultaneamente com dois lápis (ou como em A e B, abaixo), em muitos casos o sujeito experimenta a ilusão de ter um lápis entre os dedos. Outra sensação é quando tocamos a ponta do dedo indicador e depois a do dedo médio ritmicamente com um lápis, a pessoa não consegue distinguir qual dos dedos foi tocado, muitas vezes afirmando que um mesmo dedo foi tocado várias vezes, mas não consegue descrever qual (O_0).

Confunda sua Noção de Profundidade

A percepção de profundidade é a habilidade visual de perceber o mundo em três dimensões (3D), e para isso precisamos que os 2 olhos observem um mesmo objeto. Pessoas cujo olhos não conseguem focar um mesmo lugar não conseguem produzir uma imagem 3D corretamente. Experimento olhar a imagem abaixo com 1 dos olhos fechados e compare com os 2 olhos abertos.

A percepção de profundidade depende de várias pistas de profundidade. Pistas binoculares requerem o foco de ambos olhos e pistas monoculares requerem o foco de um olho. Pistas binoculares incluem a estereopsia, que significa a profundidade da visão binocular através da exploração da paralaxe. Desde que (por definição) a profundidade binocular requer dois olhos funcionais, uma pessoa com somente um olho funcional não possui percepção de profundidade. E isso é ainda mais pronunciado em pessoas cegas de um olho ao nascimento. E é por esse motivo que as pessoas vesgas tem dificuldades de ver por um óculos que transforma uma imagem 2D em 3D, por exemplo, num cinema.

Sinta o membro fantasma

Faça como o vídeo abaixo: peça para alguém colocar a mão esquerda ao lado de uma luva de borracha esquerda. Faça uma separação física entre as duas. Então, com um pincel ou algodão, toque gentilmente ambas “mãos”  nos mesmos lugares simultaneamente, mude os locais quando a pessoa relatar que a luva é “quase” sua “mão”. Esse experimento pode ser feito escondendo a mão verdadeira debaixo de uma caixa. Quando perceber que a pessoa se sente “confortável” com essa nova experiência, bata com força a luva de borracha (lembre-se: é a luva. Por vias das dúvidas, tenha um binóculo por perto). Perceba a reação da pessoa e pegue seu depoimento
As sensações fantasmas são descritas como percepções de um membro ou órgão que não pertence fisicamente ao corpo. As sensações são relatadas frequentemente após a amputação de um braço ou perna, mas pode também ocorrer após a remoção de seios ou de órgãos internos. E lembre-se, bata na luva!

Onda senoidal de 18000 Hz

Tente escutar esse som. Pessoas idosas não conseguem escutá-lo. É uma onda senoidal de 18000 Hz (por comparação, um cão pode ouvir entre 16000 a 22000 Hz). Esse som é utilizado por alguns adolescentes como toque de celular para informar quando uma pessoa liga durante a aula (pois o professor não ouvirá). É comumente utilizado na Inglaterra, tocado muito alto, em áreas onde autoridades não querem que os jovens se reúnam.
A orelha interna humana possui um design funcional para escutar sons numa faixa de frequencia. Escutar não é somente uma função dos ouvidos, mas a amplitude de oscilação é conduzida ao encéfalo. À medida que as pessoas ficam velhas, perdem a habilidade de escutar sons de alta frequencia, por isso somente jovens podem ouvir esse tipo de som.

Confunda sua Fotorrecepção


Fixe o olhar no risco entre as narinas da mulher por ao menos 30 segundos e então olhe uma parede próxima. Você verá um ponto claro, que pisca às vezes, e que mais?

Foque no olho do pássaro vermelho enquanto lentamente conta até 20. Imediatamente após olhe para a gaiola vazia. A imagem fraca e fantasma de um pássaro azul-esverdeado deverá aparecer na gaiola. Tente a mesma coisa com o pássaro verde, e um pássaro magenta deverá aparecer.
Quando uma imagem é vista por um período de tempo (por volta de 30 segundos), e então recolocada num campo em branco, algo de sobre-efeito, denomunado pós-imagem, poderá ser visto. A explicação mais comum dada para as pós-imagens é que os fotorreceptores (cones e bastonetes) dos olhos se tornam “fatigados” e não trabalham tão bem como aqueles fotorreceptores que não foram afetados (a “fadiga” é causada pela estimulação temporária dos pigmentos sensíveis àquela frequência de luz – vermelho ou verde – dentro dos fotorreceptores). Isso resulta no desbalanço da informação que é fornecida pelos fotorreceptores, causando o aparecimento de pós-imagens. À medida que os fotorreceptores se tornam menos “fatigados”, o que leva entre 10 e 30 segundos, o balanço é recuperado, resultando no desaparecimento da pós-imagem.
Agora outro truque para confundir os fotorreceptores. Uta Wolfe mostrou esse experimento para ambientes claros e escuros Isso irá temporariamente cegar um de seus olhos (por 30 segundos, mas não causa nenhum dano). Vá para uma sala, feche a porta e apague as luzes, tornando a sala completamente escura. Espere até que seus olhos se adaptem à escuridão (comece a perceber os contornos dos móveis). Após a adaptação feche seu olho direito e cubra-o com a mão. Ligue as luzes, mantenha seu olho direito fechado e coberto e continue até que seu olho esquerdo se adapte à luz. Desligue a luz novamente e destampe o olho direito. Compare a percepção ao escuro com os dois olhos.
A explicação é que demanda tempo para a visão se adaptar à condição ambiental, quando o olho direito não se adapta corretamente, como ocorre com o esquerdo, o olho envia informações erradas para o encéfalo, então a imagem fica aparentemente escurecida para o olho esquerdo até que se adapte.

Confunda sua Cognição

Olhe a garota que gira. Você a vê girando em sentido horário ou anti-horário? Aparentemente gira em sentido anti-horário, mas podemos inverter esse sentido. É difícil, mas no final se consegue.
A garota que gira é uma forma de uma ilusão de uma silhueta que gira. A imagem não está objetivamente “girando” num sentido ou outro. É uma imagem bidimensional que simplesmente muda de lado constantemente. Nossos processos visuais assumem que estamos olhando para uma imagem em 3D, utilizando-se de pistas para isso. Sem as pistas adequadas, o cérebro decide arbitrariamente o que melhor se encaixa – girar em sentido horário ou anti-horário. E uma vez escolhio a “melhor “maneira, a ilusão é completa – vemos uma imagem em 3D girando a partir de algo 2D.
Olhar ao redor da imagem, focando na sombra ou alguma parte dela, força seu sistema visual a reconstruir a imagem, o qual pode escolher a direção contrária, e subitamente a imagem irá girar na direção oposta. Outro mecanismo proposto pelos psicobiólogos é a fadiga de mecanismos internos de percepção do movimento. Se há a fadiga do “mecanismo” de percepção da imagem em sentido horário, o “mecanismo” anti-horário o substitui, e assim sucessivamente.
Na imagem abaixo, a silhueta da mulher é retocada para que tenhamos a perceção em profundidade. É isso que o cérebro tenta fazer (com razoável sucesso, podemos dizer)

Confunda seu bom-senso

Leia livros antigos e desatualizados sobre fórmulas mágicas e redentores encrenqueiros sem qualquer evidência de veracidade e originalidade. Aceite aquilo como verdade absoluta. Leia revistas e assista programas populares que não fazem uma auto-crítica da própria reportagem e admita que aquilo é normal, que “eles” tem razão. Acredite  na existência de pessoas que podem (ou podiam) psicografar mensagens do além, porém não conseguem psicografar em russo ou japonês, nem desdobrar um cálculo matemático complexo de notórios cientista das exatas.
Acredite com fé. Acredite cegamente. Acredite que a corrupção e as desigualdades são castigos de deuses. Acredite que o mundo irá mudar somente através de suas rezas e oferendas. Acredite que Salvação e Verdade são as mesmas coisas. Acredite que somos inteligentes por achar tudo normal.
Somente… acredite, não questione.


fonte:  https://racionalistasusp.wordpress.com/2012/06/20/10-coisas-para-enganar-seu-cerebro/