terça-feira, 24 de novembro de 2015

Borg - Resistir é inútil, você será assimilado

Pois é, temos que nos adaptar e evoluir.....

http://www.ussventure.eng.br/LCARS-Terminal_net_arquivos/Artigos/090911%20Borgs.htm

http://www.momentumsaga.com/2013/03/analise-do-inimigo-os-borg.html

http://www.tvribeira.tv.br/colunistas/_yhwwrhmtjmykulrwrsvxmznwmyhmwkkhlrtkmnmwniln/079.php

http://www.revistaforum.com.br/osentendidos/2015/06/29/25-anos-de-resistir-e-inutil-como-os-borg-salvaram-jornada-nas-estrelas/

http://www.mensagenscomamor.com/seriados-filmes-e-novelas/frases_star_trek.htm


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Circuito de Iluminação de Segurança com Sensor de Presença PIR

Circuito de Iluminação de Segurança com Sensor de Presença PIR

 Luz de Segurança com Sensor de Movimento PIR

Esse circuito apesar de simples, funciona muito bem, ele é um sistema de iluminação de segurança que usa um PIR,  Sensor Infravermelho passivo e Leds de alto brilho. Uma especie de sensor de presença que quando é detectado o movimento de alguém, as lâmpadas LED acendem. O componente principal  do circuito é um módulo sensor PIR  SB0061, que é um módulo de sensor piroeléctrico, ideal para a detecção do corpo humano. Neste circuito de iluminação de segurança, o nível de 3.3V de saída de LO do SB0061 é usado para ligar seis  LEDs brancos, através de um comutador de estado sólido utilizando os  transistores T1 e T2.



O módulos de sensor PIR geralmente têm uma conexão de 3 pinos: VCC (+), Saída, e terra (-). A pinagem pode variar, por isso é recomendável  verificar o datasheat  do fabricante para confirmar os pinos. Além do módulo sensor PIR também tem uma seleção de jumper de 3 pinos para o modo de saída de disparo único ou contínuo.
Para alimentar o circuito você pode usar uma bateria recarregável compacta de 9Volts. O sensor PIR requer um tempo de estabilização (“aquecimento”) inicial de cerca de 10 a 60 segundos, a fim de funcionar corretamente. Durante este tempo, o sensor vai se familiarizar com o meio, e qualquer movimento no seu campo de visão deve ser evitado.
Devido à elevada sensibilidade do dispositivo sensor de PIR, não é recomendável usar o módulo da seguinte  condição: exposto à luz direta do sol, exposto ao vento direto de um aquecedor ou ar condicionado e ao ar livre.
Fonte: www.electroschematics.com

http://blog.novaeletronica.com.br/circuito-iluminacao-seguranca-sensor-presenca-pir/

domingo, 22 de novembro de 2015

termopilha

http://www.azooptics.com/article.aspx?ArticleID=288&lang=pt

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%B4metro

Grupo diz detectar antimatéria mais pesada presente no início do Universo

08/03/2010 - 08h53

RICARDO MIOTO
da Folha de S. Paulo
Um grande grupo internacional de cientistas diz ter recriado uma partícula que esteve presente na origem do Universo. É o núcleo de antimatéria mais pesado já visto.
A teoria do Big Bang postula que, no surgimento do Universo, existiam quantidades iguais de matéria e antimatéria (matéria composta de partículas com cargas elétricas trocadas).
Mas, de alguma forma, a matéria acabou predominando e formando quase tudo o que existe. Ainda bem: como matéria e antimatéria se aniquilam mutuamente, essa assimetria inicial foi fundamental para que o cosmo existisse. Hoje, os cientistas procuram as antipartículas, "derrotadas", para entender como isso aconteceu.
A estratégia é acelerar núcleos de átomos até velocidades próximas à da luz e colocá-los para se chocar. Essas colisões liberam grandes quantidades de energia e "quebram" os átomos em várias subpartículas.
Se a trombada for forte o suficiente, algumas dessas partículas serão de antimatéria. A má notícia é que elas duram frações mínimas de segundo, logo se desintegrando.
Ainda assim, é melhor do que nada, e os cientistas estão conseguindo, pouco a pouco, pedaços inéditos de antimatéria. É o caso da pesquisa apresentada na última edição da revista "Science", em que se produziu um antinúcleo de hidrogênio superpesado, composto de um antiquark chamado "estranho", visto pela primeira vez.
Os quarks são os elementos básicos dos nêutrons e dos prótons do núcleo dos átomos. O antiquark é um dos pedaços mais básicos de antimatéria. Até hoje, foram poucos os experimentos que conseguiram energia o suficiente para produzir átomos inteiros de antimatéria, já que antiprótons e antinêutrons se aniquilam antes de formarem um núcleo.

Editoria de Arte/Folha Imagem
Brasileiros
O grupo responsável pelo experimento envolve 584 cientistas em 12 países, incluindo brasileiros da USP e Unicamp.
"O jeito como fazemos experimentos em física nuclear e das partículas mudou dramaticamente. Hoje, são sempre centenas de colaboradores", diz Hans Georg Ritter, físico do Lawrence Berkeley National Laboratory, nos EUA.
Para produzir seu anti-hidrogênio com o quark "estranho", os cientistas fizeram núcleos de átomos de ouro se chocarem no Colisor de Íons Pesados (RHIC), em Long Island (EUA). O aparelho, do tamanho de uma casa, obtém energias comparáveis à do Big Bang, dissolvendo os núcleos.
"As colisões produzem muitos tipos de partículas e núcleos, e o tipo de antimatéria que procuramos é muito raro", diz Ritter.
Segundo ele, de 100 milhões de colisões, apenas 70 foram úteis para encontrar os antiquarks "estranhos". Um trabalho minucioso de análise computacional é necessário para detectar as colisões certas.

sábado, 21 de novembro de 2015

O eterno sucesso das aventuras do samurai Musashi


A Estação Liberdade ganhou um presente antecipado de Natal - no início do mês, a editora festejou a marca histórica de 100 mil exemplares vendidos de "Musashi", clássico romance japonês cujo tamanho em forma de tijolo (são quase 2 mil páginas divididas em dois volumes) era um desafio comercial para qualquer casa editorial. "Especialmente a nossa, que não figura entre as grandes", observa o diretor editorial Angel Bojadsen, um dos responsáveis por aceitar, em 1997, uma aposta tão arriscada.
Para comemorar os dez anos da edição de "Musashi" no Brasil (os livros foram publicados em 1998), além de lembrar o centenário da imigração japonesa, a Estação Liberdade lança oficialmente amanhã (18) uma caixa com nova edição, agora em três volumes acompanhados de um suplemento com gravuras. O evento ocorre a partir das 19 horas na Livraria Cultura do shopping Market Place, onde também o Instituto Niten promove a demonstração de katas (combinações de movimentos de ataque e defesa) narrados no livro, além de palestras sobre a vida de "Musashi".
Bojadsen, que também festeja uma marca pessoal (15 anos como um dos comandantes da editora), ainda é um mistério o motivo exato que explique tamanho sucesso. "Acredito que é a combinação de quatro fatores", comenta. "O interesse do público de origem japonesa (afinal, o livro é considerado um dos maiores sucessos do Japão, com mais de 120 milhões de exemplares vendidos ao longo dos anos), a boa quantidade de cenas com artes marciais, sua filosofia de vencedor (o que o tornou essencial em cursos empresariais sobre liderança) e a leitura saborosa, que permite classificar o texto como um ‘Balzac oriental’."
Escrito por Eiji Yoshikawa (1892-1962), o livro narra a real trajetória do samurai Miyamoto Musashi, que viveu na era dos xoguns, presumidamente entre 1584 e 1645. Figura contraditória, ele sofreu profundas alterações na vida - de garoto selvagem e sanguinário tornou-se um guerreiro equilibrado, cujo espírito evoluído o transformou no mais sábio dos samurais. A obra foi publicada em capítulos no jornal "Asahi Shinbum", entre 1935 e 1939 em um total de 1.013 episódios.
Fascinado pela evolução espiritual do personagem, o público logo o adotou como seu livro favorito, transformado em uma espécie de guia da arte de viver. Em pouco tempo, diversas gerações de japoneses acostumaram-se com os personagens, que passaram a integrar sua rotina. Por conta disso, o livro alcançou tiragens monumentais na história editorial japonesa, além de inspirar adaptações para os quadrinhos e cerca de 15 versões cinematográficas ou televisivas. Um sucesso que tornou Yoshikawa nacionalmente famoso.
A obra é dividida em sete livros: "A Terra", "A Água", "O Fogo", "O Vento", "O Céu", "As Duas Forças" e "A Harmonia Final". Os cinco primeiros fazem referência ao gorin, elementos básicos que compõem, segundo o budismo, qualquer matéria. São também os ciclos enfrentados pelo espírito humano para alcançar a perfeição, começando pela terra impura até atingir o estágio mais alto (o céu), ou, ainda de acordo com a concepção budista, a paz do nada - o nirvana, enfim. Ao longo dessa extensa obra, Yoshikawa conseguiu construir uma bela metáfora das rígidas etapas pelas quais um guerreiro é obrigado a se submeter para alcançar a perfeição técnica que lhe permite lutar com uma espada em cada mão.
"É graças a tal variedade de opções que a obra atraiu um público tão distinto", conta Bojadsen, recordando-se de como a proposta de editar Musashi chegou às suas mãos. Em 1997, a tradutora Leiko Gotoda, sobrinha de outro grande nome da literatura japonesa (Jun’ichiro Tanizaki), apresentou aos editores uma parte do que já havia vertido para o português. "Era um projeto antigo dela, que pretendia apresentar a cultura japonesa aos filhos, então adolescentes que não falavam a língua original da família", conta Bojadsen. "A opção por Musashi foi por ser uma bela história de aventuras."
A qualidade da tradução de Leiko, fato raro entre as diversas versões de Musashi pelo mundo, colocou os editores da Estação Liberdade em um dilema: não seria possível publicar apenas uma parte da obra, mas, por outro lado, assumir um projeto que beirava 2 mil páginas era um risco para uma editora com apenas cinco anos de vida.
"O que nos convenceu foi a existência garantida de um público-alvo, ou seja, a grande quantidade de descendentes de japoneses que vivem principalmente em São Paulo e que também não tinham contato com a obra", relembra Bojadsen. "Era também a possibilidade de se preencher uma lacuna, pois havia uma demanda reprimida no mercado editorial brasileiro da literatura japonesa".
De fato, o sucesso de Musashi permitiu que outros autores ganhassem tradução em português, desde os mais tradicionais como Tanizaki até os mais modernos, como Haruki Murakami. A inimaginável vendagem de Musashi no Brasil, aliás, repercutiu até no Japão: uma das principais emissoras de televisão, a NHK, destacou uma equipe para acompanhar o interesse pela obra. "Fizemos algumas representações engraçadas para as câmeras, como simular a correria na editora para a entrega dos livros", diverte-se Bojadsen. "A cena mais divertida, aliás, era um retrato fiel da realidade: na época, éramos obrigados a entregar pessoalmente os exemplares nas livrarias e eles nos filmaram empurrando carrinhos recheados de Musashi."
Outro motivo de espanto para os japoneses era o fato de a edição brasileira ser a primeira no Ocidente a trazer o texto integral - a versão americana, por exemplo, privilegia as cenas de lutas e não traz os momentos mais contemplativos, eliminando todos os trechos de filosofia zen-budista. "Justamente o que mais atrai os participantes de cursos de liderança", comenta Bojadsen. O fôlego da obra, aliás, parece interminável: a primeira edição da caixa que será lançada hoje, de 3 mil exemplares, já se esgotou e a editora prepara uma nova remessa.

SERVIÇO - "Musashi" - Edição Comemorativa - 3 Volumes. De Eiji Yoshikawa. Estação Liberdade. 1.800 págs. R$ 218.
Da Agência Estado
Foto: Divulgação

Musashi


O romance Musashi, de Eiji Yoshikawa, é a obra literária de maior sucesso do Japão, com mais de 120 milhões de exemplares vendidos. Ele conta a história do samurai Miyamoto Musashi, que viveu entre 1584 e 1645. Publicado em capítulos no jornal Asahi Shimbun, entre 1935 e 1939, o livro foi adaptado para cinema, televisão e quadrinhos.

A publicação do romance por aqui, em 1999, marcou o início de uma onda de interesse por autores japoneses. A responsável por verter o texto para o português, Leiko Gotoda, se tornou a principal referência na tradução da literatura do Japão no País. Ela é sobrinha de Jun''ichiro Tanizaki, um dos grandes autores japoneses do século passado.

Musashi se tornou um sucesso inesperado. Ficou algumas semanas nas listas dos mais vendidos e acumulou tiragem de 110 mil exemplares dos dois volumes, com mais de 900 páginas cada um. "Para mim foi surpreendente mesmo", afirmou Leiko. "Eu estava pensando numa edição meio que familiar. Costumava perguntar para minha irmã: será que vende 500? E ela dizia: acho que sim, nem que a gente faça saia batendo de porta em porta, pedindo para os amigos ficarem com um."

Entre a decisão de traduzir o romance e a sua publicação, foram 10 anos. Musashi foi o primeiro livro japonês traduzido por Leiko. Até então, ela trabalhava como tradutora inglês-português. Resolveu traduzir o livro, que ainda não tinha editora, como uma forma de apresentar a cultura japonesa aos filhos, três homens e uma mulher, então adolescentes.

"Eu queria de algum modo fazê-los entender o que seria a cultura japonesa tradicional", explicou Leiko. "Não havia nenhum livro a que eu pudesse recorrer em português, e eles não lêem japonês. Achei que Musashi seria um bom livro, porque o tema gira em torno de um samurai. Também achei que eles se interessariam, pois são três homens em casa."

Filha de japoneses, Leiko Gotoda aprendeu a língua com a mãe. Ela começou há trabalhar como tradutora há cerca de 20 anos, depois de fazer um curso de tradução inglês-português na Associação Alumni. No início, traduzia textos técnicos do inglês. "Comecei bem tarde", disse a tradutora, que tem 67 anos. Antes de os filhos nascerem, Leiko era professora do ensino fundamental. Dedicou muitos anos à criação dos filhos, antes de estrear na tradução. Desde então, verteu para o português doze livros japoneses.

Para conseguir publicar Musashi, Leiko contou com a ajuda do marido, o empresário Nobuyuki Gotoda, nascido no Japão. "Aos 60 anos, ele se aposentou e disse: você me ajudou até aqui, agora eu vou te ajudar. O que você quer fazer? Eu disse: estou nesse ramo de tradução e quero ver se publico este livro, mas não sei como começar." Até então, as traduções eram encomendas das editoras.

Nobuyuki conversou com amigos e conseguiu uma subvenção da Fundação Japão para que Musashi fosse publicado, e apresentou o projeto à editora Estação Liberdade. "Para nós, era uma questão de tudo ou nada", destacou Angel Bojadsen, diretor editorial da Estação Liberdade. "Nunca tinhamos feito algo tão grande. Se funcionasse, sabíamos que seria significativo, pelo histórico e pelo porte da obra, mas, se não desse certo, quebraria a editora. Mas o sucesso veio bastante rápido, entramos em todas as listas de mais vendidos, e respiramos aliviados." Segundo ele, a edição brasileira é a única versão integral do texto no Ocidente.

TEXTOS DO TIO

Leiko traduziu autores como Haruki Murakami, o escritor japonês contemporâneo de maior sucesso internacional, e Kenzaburo Oe, Prêmio Nobel de Literatura. Ela diz que foi estranho trabalhar nos livros do tio, Jun''ichiro Tanizaki.

"É interessante, porque só a leitura não provoca essa sensação. Mas quando tive de traduzir, entrar no contexto da história, veio muito forte para mim a impressão de que estava espiando pelo buraco de uma fechadura", explicou Leiko. "Talvez porque meu tio escreva romances meio biográficos, em determinados instantes fiquei constrangida. Até eu falar que não, isto é um romance, eu sou uma tradutora e tenho de traduzir e ponto.''

A tradutora nunca teve contato com o tio escritor, que morreu em 1965. "Ele não era uma pessoa muito acessível, pela fama e tudo", disse Leiko. "Tinha um secretário que abria a sua correspondência. A minha letra em japonês é horrível e nunca me aventurei a escrever nada para ele. Só minha mãe escrevia. Até eu compreender que ele era um grande escritor levou um tempo."

Segundo ela, a imagem familiar de Tanizaki está de acordo com a imagem que teve dele como escritor, ao traduzir os livros: "Era uma imagem de extremo rigor. As obras dele são escritas com precisão incrível. O japonês dele é muito claro e puro. Não tem ambigüidade de espécie alguma. Não se tem esse rigor à-toa. É preciso ser muito rigoroso consigo mesmo. Essa visão de rigor, que eu tenho dele desde pequena, transparece nas obras. Não nos temas, mas no modo como ele compõe os textos deles."

Da obra de Tanizaki, ela destacou Há Quem Prefira Urtigas, Em Louvor das Sombras e As Irmãs Makioka, que traduziu. "As Irmãs Makioka faz parte de uma luta dele para fazer lembrar ao povo um Japão menos militarista, menos guerreiro, mais voltado às artes", disse Leiko. "Uma chamada para os velhos valores culturais e artísticos. Uma tentativa dele de despertar no japonês esse lado poético e sonhador, em uma época de guerra. Acho que essa obra vale muito nesse aspecto."

Leiko esteve três vezes no Japão. Ela apontou como a colônia japonesa no Brasil conservou traços da língua falada no Japão antes da guerra, que não existem mais por lá. "Minha mãe voltou ao Japão uma vez, em 1958, e, na ocasião, ela disse que ficou absolutamente abismada com o que tinha acontecido por lá, e as pessoas no Japão estranharam o modo de ela falar."

Segundo a tradutora, a televisão fez com que os sotaques regionais se perdessem no Japão, já naquela época, e os japoneses adotaram expressões em inglês com entusiasmo. "Minha mãe era da área de Tóquio", disse Leiko. ''Ela tinha muito orgulho em dizer que era pura edoko. Edoko é a pessoa que tem mais de quatro gerações na área de Edo, que é Tóquio."

Atualmente, ele afirma, a juventude japonesa tem adotado na fala as abreviações usadas nas conversas pela internet e por mensagens de celular, fazendo até com que os adultos do próprio país tenham dificuldade de entender algumas expressões.

Na visão de Leiko, ainda faltam no Brasil traduções de livros de samurais. "O Japão moderno, da tecnologia, bem ou mal as pessoas conhecem", explicou. "O Japão medieval, da época feudal, poucas pessoas que conhecem." Ela tem lido um autor chamado Shuhei Fujisawa, que mostra como era a vida no castelo feudal. O autor traça um perfil do samurai não somente como guerreiro, mas como burocrata.

"É divertido saber, por exemplo, que os samurais trabalhavam no castelo feudal", disse a tradutora. "Os samurais tinham um horário de entrada, trabalhavam o dia inteiro na área burocrática do castelo e tinham o horário de saída. Normalmente, a gente só pensa no samurai com a espada, que eles lutavam o dia inteiro. Mas os samurais tinham de estar lá no castelo e apresentar relatórios. Tinham de trabalhar em obras públicas." Caso fosse escolher o próximo trabalho, como fez com Musashi, Leiko traduziria uma obra de Fujisawa, que mostra o outro lado da vida do samurai.

[por Renato Cruz]

Era uma vez um vinho de verão


Na estação do calor, podemos e devemos resfriar nossos brancos, rosados e tintos
Luiz Horta, especial para O Estado de S. Paulo


Taça de vinho gelada
Marcelo Barabani/AE
Taça de vinho gelada
SÃO PAULO - Momentos de calor. À beira da piscina, uma pessoa pede uma caipirinha, a outra vai de tinto leve. Qual matou mais a sede e se sentiu melhor com o sol na cabeça? Para a maioria, a da caipirinha: ''É mais refrescante, tem gelo, limão... quem bebe vinho com calor?'' Enganam-se. Uma dose de cachaça ou vodca tem mais de 40% de álcool. Um vinho frutado e jovem, um Beaujolais, por exemplo, meros 12%...
Veja também:
linkPuxando a temperatura para baixo
linkDe grau em grau
linkGelar é preciso. Sem pressa
linkNo Rio, à beira da piscina

Claro que ninguém deve abrir um grande Bordeaux evoluído na praia. Seria estragar as duas coisas, o vinho e o prazer descompromissado de curtir o ar livre. Há vinhos para todas as ocasiões. Não basta harmonizar vinho e comida, é preciso pensar nas estações.

A boa notícia: vinho combina com verão. A má notícia: estamos bebendo tudo na temperatura errada - fazendo sorvete de vinhos brancos e sopa quente de tintos. Não é preciso sair por aí pagando mico com um termômetro na mão (nós fizemos isso por vocês). Basta um pouco de bom senso e seguir a intuição. O vinho é a melhor bebida de verão e seu melhor amigo é o balde de gelo. Para isso precisamos de uma revolução no comportamento, pensar o vinho como algo que se pode beber sem pompa.

A primeira coisa a esquecer é aquela famosa palavra: chambré. Que quer dizer aclimatado à temperatura ambiente (do verbo chambrer). Nem para a França isso continua valendo, porque com calefação adequada todas as salas de jantar e restaurantes estão sempre em agradáveis 21°C, quente demais para a maioria dos tintos. Antigamente a pessoa tirava a garrafa quase gelada da adega e punha para esquentar enquanto preparava a comida, ou seja, deixava no ambiente até chegar ao ponto.

A segunda, esquecer as taças finas e o pedantismo das harmonizações complexas. A própria Riedel, fabricante cult de cristais, lançou uma linha sem hastes, para piquenique. Mantém a boa aeração e permite captar aromas, é delicada e elegante e não quebra o pé com um movimento mais brusco.

O Paladar partiu para testes simples de temperatura que qualquer um pode fazer em casa: abrir uma garrafa de branco e uma de tinto tiradas da geladeira no frio máximo (as geladeiras domésticas têm em torno de 4°C, frias demais para a bebida). Provar à medida que o líquido esquenta, até que chegue à temperatura ambiente, ali pelos 26°C. Tudo que notamos em nossa prova científica será facilmente percebido pelo leitor: o excesso de frio achata as sensações e o vinho parece apenas água gelada, com acentuados acidez e amargor; excesso de calor volatiliza o álcool e faz do vinho uma coisa pesada e enjoativa, compota de frutas.

Sobre o álcool, em vinhos para o verão: quanto menos, melhor. Há brancos com 15,3% (o Torrontés Yacochuya de Michel Rolland, elaborado em Salta, norte da Argentina) que são muito mais aquecedores que um tinto delicado. A acidez é que torna a bebida refrescante. Vinhos com baixa acidez se adequam mais a climas frios. A sensação de matar a sede vem da sensação fresca e pungente dos ácidos presentes nos vinhos (e isso explica o limão na caipirinha). O estilo: quanto menos potente, melhor. Madeira em excesso, alta concentração, açúcares, tudo isso torna os vinhos pouco amigáveis para o verão. O jovem, com muita presença do caráter de fruta, é o melhor.

Émile Peynaud, o grande enólogo do século passado, é taxativo: as temperaturas ideais estão entre 8°C e 18°C. Depois de muitos gráficos explicativos e hipóteses (até mesmo a de aquecer um vinho no forno de microndas!), ele opta pelo baldinho com gelo e água como solução rápida e eficaz para esfriar. E lembra que o excesso de frio é mais facilmente remediável que o contrário, acrescentando um dado curioso: ao ser vertido numa taça, a temperatura do líquido já sobe em torno de 1°C.

fonte: Estadão Paladar  quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008, 00:00



De grau em grau





Luiz Horta e Luiz Henrique Ligabue - O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Que tipo de vinho funciona bem fresco? E gelado? Com dois termômetros de precisão e um cronômetro, testamos cinco estilos de vinho, todos refrescados até o limite com balde de gelo, depois retirados da água e examinados regularmente, com intervalos de alguns minutos, até chegarem aos 26°C da sala de testes. Se você costuma tomar vinho estalando de frio, cuidado. Se prefere a temperatura ambiente e ponto final, atenção.

Verde
Moura Basto, 2006

Vinho verde português típico. Acidez notável, agulha (aquelas borubulhinhas que picam na língua) e ligeiro. 10% de álcool. R$28,50.

3º: Perde totalmente os aromas, na boca fica apenas a acidez, o charme da agulha desaparece, amortece a língua e perde a graça.

6º: É sua temperatura ideal, surge um ponto de mineralidade, mata a sede, a acidez aparece equilibrada com a fruta, pede uma comida leve, mas pode ser tomado assim como aperitivo pouco
alcoólico.

10º: Aparece um ponto de doçura na boca que é incomodo, mas ainda se mantém refrescante.

16º: Ainda bebível, mas perde muito da qualidade de refrigerante.

22º: Horrível, tem aroma de resto de champanhe esquecido na taça, aquele clima de fim-de-festa.

Branco
Le Vieux Clos, 2006

Um agradável vinho da sub-região de Cheverny, no Loire, com 85% de Sauvignon Blanc e 15% de Chardonnay e rápida passagem por carvalho. 12,5% de álcool. R$ 55,50.

3º: Mostra-se amargo na boca e, pior ainda, totalmente inexpressivo.

6º: Neste ponto, tende ao desequilíbrio, acentuando a acidez.

10º: Nariz delicioso e típico da Sauvignon, com toque vegetal e de figos frescos, refrescante e com um sedutor pontinho de amargo final.

14º: Algo desequilibrado, um toque de caramelo inesperado no nariz, aparece levemente adocicado na boca, já não está na temperatura ideal.

22º: Álcool volátil domina o nariz, acidez agressiva e amargo, temperatura totalmente inadequada.

Branco
Anselman Trocken, Pfalz, 2006

Um Riesling simples, com muita fruta, bem feito e gostoso, sem maiores virtudes. Perfeito para consumo imediato. 12,5% de álcool. R$ 40.

3º: Morto, sem expressão, como se fosse uma água gelada e nada mais.

5º: Continua frio em demasia, perde muito dos aromas atraentes e na boca tende à acidez excessiva.

10º: Nariz complexo e atraente, frutas cítricas, maçã verde, favo de mel, uma delícia na boca, ótima acidez, leve toque de pétalas de flores brancas, muito bom nesta temperatura.

14º: Agüenta esta temperatura bem, tem corpo para isso, a acidez se acentua um pouco, apesar de seco mostra um caráter de mel interessante, leve picante de pimenta-do-reino, não desagradável, podia ser servido nesta temperatura, embora mais frio seja melhor.

22º: Como sempre a volatilização do álcool interfere e desagrada. Na boca fica pouco elegante, apesar de continuar com um bom caráter de fruta, um dos mais versáteis quanto à variação de temperatura.

Rosado
Saint Roch, Les Vignes, 2006

Oriundo do Côtes de Provence, é feito a partir de uvas Cinsault (65 %) e Grenache (35 %). 13% de álcool. R$ 49.

6º: Sem nenhum aroma, amargo, praticamente sem nuances na boca.

8º: Ainda está muito frio nesta temperatura, aparece o amargor em demasia. Perde o encanto.

11º: Fruta no aroma, mas tem uma certa complexidade, na boca tem corpo, não é ligeiro demais, pede acompanhamento de comida, boa acidez, gostoso e guloso.

18º: Nariz vinhoso, toque de madeira ligeiro, não é sua temperatura ideal, mas está agradável e bebível, merece ser servido mais fresco. Tem boa acidez e é medianamente longo no gosto.

22º: Álcool totalmente despregado do todo, pouco atraente. Um tostado muito presente. Na boca é amargo e alcoólico, tende ao enjoativo.


Tinto
Villard, 2006

Um Pinot Noir potente e com muita furta, um estilo interessante, porém não tão elegante. Muito bem feito e cheio de tipicidade chilena, com toques amadeirados. 14% de álcool. R$55,50.

5º: Insuportável: nesta temperatura, parece um suco de madeira tostada. Taninos agressivos e secantes.

9º: Muito tostado no nariz, totalmente desequilibrado, na boca muito amargo e com taninos secantes e agressivos, como acontece
com tintos gelados em demasia.

12º: No nariz mostra a tipicidade da Pinot, aquele caráter carnudo, na boca esta gostoso, quase mastigável, amplo, sedutor. Muito bom.

18º: Bem típico de Pinot do Novo Mundo, toque de lácteo da malolática, elegante na boca, corpo médio e longo, os taninos estão equilibrados, mas a temperatura é um pouco alta para ele.

27º: No nariz agüenta o calor, aparece um toque de doçura, talvez do álcool, e casca de
laranja seca, da madeira. Quentinho, não perde as qualidades, mas os taninos amargos empalidecem o equilíbrio.

Fonte: Estadão Paladar quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Puxando a temperatura para baixo


O que fazer (e o que não fazer) para resfriar seu vinho com precisão
SÃO PAULO - É consenso que cada vinho tem sua temperatura. Mas como chegar a ela? O velho e charmoso balde de gelo continua sendo o método preferido, mas há opções para acelerar o resfriamento, controlando o processo com precisão. E há o que não se deve fazer.

BALDE
Elegância clássica
 


O sempre charmoso balde com gelo funciona muito bem para baixar a temperatura do vinho sem grandes solavancos. A proporção indicada é metade água, metade gelo. No teste do Paladar, os cinco rótulos escolhidos (veja página ao lado) comprovaram a eficácia do balde. O branco Anselmann, por exemplo, entrou a 22º C e em 5 min. baixou para 14º C. Outros 5 min. jogaram a temperatura para 10º C. Mais 5 min. e o vinho estava em 8º C. Dez minutos depois, atingiu 5º C. Este balde sai por R$ 277 na Pepper (R. Leopoldo Couto Magalhães Jr., 753, Itaim Bibi, 3073-0333)

BRAÇADEIRA
Termômetro 
 


Basta colocar a braçadeira de metal no meio da garrafa e esperar uns instantes. Uma escala de números começará a aparecer na faixa preta da cinta metálica. O número que ficar mais forte indica a temperatura "certa". As instruções, contudo, apontam para que você desconte 2 graus do valor mostrado: é a provável temperatura do líquido. Este modelo custa R$ 37 na loja virtual
www.brasilvinhos.com

COOLER
Um turbilhão geladíssimo
 



Abastecido de gelo e água, o Cooper Cooler roda a garrafa e joga água gelada por cima. Em 6 min. a temperatura do vinho cai de 18º C para 9º C. Latas ele resfria em 1 min. Por R$ 398 na Spicy (Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.236, JD. Paulistano, 3083-4407)

ADEGA
Refrigerando sem vibrações
 



Parece uma pequena geladeira. Não é. Ela não tem compressor, o que elimina as vibrações, nocivas para o vinho. Não gera umidade e tem controle de temperatura. Este modelo da Art des Caves, para 40 garrafas, custa R$ 2.750. Em www.maisondescaves.com.br

DIGITAL
Mostra o frio real e o ideal
 



É preciso abrir a garrafa e introduzir a haste metálica no gargalo. Na escala, em Celsius e Fahrenheit, existem duas faixas digitais. Uma traz a temperatura do líquido; a outra (um traço duplo), a temperatura indicada para quatro tipos de vinho: tinto, rosé, branco e espumante. Quando a temperatura chega perto do indicado, uma luz verde se acende na base do termômetro. Na loja Pepper, por R$ 238.

CINTA
Mantém a temperatura
 



A bela capa esconde uma fina cinta de gel. Este cooler é feito apenas para manter a temperatura do vinho, não tem "poder" para resfriar. Por R$ 133 na Pepper (R. Leopoldo Couto Magalhães Jr., 753, Itaim Bibi, 3073-0333)


ANALÓGICO
Rapidez
  



Assim como acontece com o digital ao lado, é preciso abrir a garrafa para medir a temperatura do vinho com este modelo. Este termômetro da alemã WMF tem um design despojado, que facilita a leitura imediata da temperatura. Por R$ 69 na Spicy

E geladeira, pode?

Este não é o melhor lugar para o armazenamento - só pode se for por pouco tempo. As razões: as vibrações do compressor; a umidade, que ataca rolhas e deteriora rótulos; e a variação térmica, com a abertura da porta. Mas ela pode ser usada livremente para resfriar, claro. Em 3 horas, dá para deixar um vinho branco no ponto. Para os tintos, 1h30 bastam.

Fotos: Marcelo Barabani/AE 

Fonte: Estadao Paladar

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008, 00:00


Gelar é preciso. Sem pressa

SÃO PAULO - Qual é o melhor método para gelar, ou melhor, resfriar vinhos? Gianni Tartari, sommelier há mais de 20 anos, os últimos 3 na Enoteca Fasano, lembra que, apesar de existirem diferentes métodos e técnicas para guardar e servir vinhos, o mais importante é não expor o produto a mudanças bruscas de temperatura. Na adega, o vinho geralmente fica em um ambiente com temperatura por volta dos 16º C, variando 1º C acima ou abaixo, e necessitará de uma breve refrigeração antes de chegar à mesa - brancos, rosés, espumantes e tintos têm temperaturas ideais diferentes. O velho e bom balde com gelo e água - encha até a metade com gelo e complete com água, é ela que ajuda a transmitir o frio - é o método preferido pelos profissionais. Menos de 20 minutos bastam para resfriar vinhos a partir da temperatura ambiente. Métodos mais rápidos, como o Cooper Cooler, são indicados para casos de emergência. Funcionam, mas fazem o vinho sofrer um pouco. É o preço da pressa. Já a cinta de gel é indicada apenas para ajudar a manter o vinho resfriado.

E guardar vinho em geladeira? ''Até pode, o que não se deve fazer é tirar e voltar. Uma vez na geladeira, ele deve ficar lá. O problema da geladeira é a umidade - com o tempo ela faz deteriorar a rolha e o rótulo'', diz Gianni.

E o congelador, vale numa emergência? ''Tenho o maior trauma de congelador. Uma vez fiz picolé com meia dúzia de Dom Pérignons... É um método muito agressivo. Funciona, mas só deve ser usado como último recurso e sob vigilância constante, não pode sair do lado da geladeira'', alerta o sommelier. 
Fonte: Estadão Paladar
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

No Rio, à beira da piscina

Hotel Copacabana Palace

Divulgação
Hotel Copacabana Palace
SÃO PAULO - Tão carioca quanto próprio Cristo Redentor, o hotel Copacabana Palace abriga dois dos mais famosos restaurantes do Rio de Janeiro: o refinado Cipriani, comandado por Francesco Carli, ex-chef do Hotel Cipriani em Veneza, e o despojado Pérgula.

À beira da mítica piscina do Copa, apenas o menu do Pérgula está disponível. A carta de vinhos do restaurante é composta por rótulos leves, mais adequados ao verão. ''No momento, apostamos nos rosados e nos Sauvignon Blancs, ótimos para o clima'', diz Denise Almeida, gerente do restaurante Pérgula. Lá, os vinhos são mantidos em adegas climatizadas: 17°C a 18°C para os tintos, 8°C a 10°C para brancos e rosés.

Apreciar um vinho à beira da piscina, a poucos metros da praia de Copacabana, no verão, é para ser um momento idílico - que, definitivamente, não combina com vinho morno. Por essa razão, durante o serviço, a garrafa é mantida no gelo. Segundo Denise, boas pedidas são o Sauvignon Blanc Vin de Pays, 2004 e o Santa Julia Syrah Rosé, 2006, este ''um vinho aromático, macio, muito bom para ser consumido à beira da piscina''.

No restaurante Cipriani, o calor do verão carioca fica do lado de fora. No salão, a sensação térmica é regulada em torno de 24°C, 25°C e os vinhos são mantidos em caves separadas. Os brancos e rosés são armazenados a 6°C e, quando saem da adega, atigem 8°C, a temperatura ideal, segundo Robson Venâncio, sommelier do Cipriani. Para dias quentes, Venâncio recomenda os rosés e os espumantes. E também faz questão de lembrar: ''Um vinho branco estará adequado a 8°C. Muito abaixo dessa temperatura ele perde suas melhores características'', diz. 
Fonte: Estadão Paladar quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Escolha pela origem (e pela cor)


Basta anotar as dicas dos especialistas (e as ofertas dos importadores) e escolher seu vinho preferido
Saul Galvão - O Estado de S.Paulo

Variedades de vinhos
Rafael Hupsel/AE
Variedades de vinhos
SÃO PAULO - Para mim, vinho de verão é aquele que tomo durante o verão. Não vai ser um calor de 40°C que me afastará de um Amarone dal Forno Romano, por exemplo. Mas há aqueles que são mesmo especiais para bebericar despreocupadamente numa tarde quente. Normalmente, brancos.

Quem insistir nos tintos, pode ficar com um Beaujolais meio gelado, ideal para acompanhar embutidos, como a mortadela (sanduíches com Beaujolais são ótimos). Os Beaujolais devem ser tomados bem novos.

Nesta seleção, tirei do páreo grandes brancos encorpados - os Chardonnays com madeira da Bourgogne, Chile, Argentina e alhures. Eu defendo que o branco de verão deva ser antes de tudo informal. Melhor então escolher entre brancos frutados, aromáticos e com alta acidez, frescos, que convidam para o próximo gole. Entre esses se agigantam os feitos com a Sauvignon, que são ótimos e não tão caros.

Uma outra aposta ainda podem ser os vinhos com a uva francesa Viognier, leves, aromáticos. A casta é ainda uma parvenue na América Latina, raros ainda são os seus rótulos.

BRANCOS

Alemanha


Dr. Bürklin Wolf
Riesling Trocken 2005. Mistral,
3072-3400,
R$ 68,25

Argentina

Norton
Sauvignon Blanc 2007.
Expand, 3847-4747,
R$ 27

San Pedro de Yacochuya Torronés 2006
Grand Cru. 3062-6388,
R$ 39

Torrontés de Cafayate
Michel Torino. Bruck, 3329-3400
R$ 10,99

Austrália

Peter Lehman Eden
Valley Riesling 2005. Expand,
R$ 78

Chile

Emiliana
Sauvignon Blanc 2007.
Le Tire-Bouchon, 3822-0515, R$ 19,50

Secreto Vignier, Viu Manent
Terrunyo Vineyard
Selection Sauvignon
Blanc 2005. Expand, R$ 138

Villard Sauvignon Blanc Reserve
Expresión 2007.
Decanter, R$ 56,40

Espanha

Pazo de Señorans
Albariño 2002.
Mistral, R$ 78

Portugal

Alvarinho
Muros de Melgaço 2005.
Decanter, R$ 135,90

Alvarinho
Soalheiro 2004.
Mistral, R$ 79,30

Nova Zelândia

Cloudy Bay
Marlborough 2002. LVMH,
3062-8388, R$ 100

Isabel State
Sauvignon Blanc 2005.
Mistral,
R$ 86,36

ROSADOS

Argentina

Crios de Susana
Balbo 2006.
Cantu, 03002101010, R$ 40

Espanha

Gran Feudo Rosado, 2005. Mistral,
R$ 30

Acredite, você pode e deve abusar dos tintos


Lembre-se apenas que praia e piscina não são lugares para levar aquele vinho raro e caro
Luiz Horta - O Estado de S.Paulo
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Alamos
Divulgação
Alamos
SÃO PAULO - Descobri, talvez tardiamente, que podia ter o prazer de beber tintos refrescados. Por isso resolvi privilegiá-los nas indicações a seguir. Os rosados, depois de muita peleja, já emplacaram no nosso gosto, então vamos dar uma oportunidade aos outros vinhos que encantarão a temporada. Aliás, não são apenas para dias quentes, mas para momentos leves em que se quer beber vinhos sem grande envolvimento intelectual, como pedem os mais complexos. Vinhos que cumprem seu papel de companheiros da comida e se encaixam na paisagem preguiçosa das férias sob a canícula. São a versão da roupa casual e das pernas para o alto.

Se tivesse que escolher só um? Seria o Travers de Marceau do Domaine Rimbert, que tipifica exatamente o conceito de um vinho para o verão, tem corpo ligeiro, é perfumado e seduz imediatamente, mata a sede com sua acidez agradável e acompanha qualquer prato comido com as mãos, sem pompa. É a França engarrafada.


BRANCOS

Alemanha
Riesling Selbach
Trocken. Vinci, 6097-0000,
R$ 55,80

Argentina
Torrontés Quara Lavaque. World Wine, 3383-7477,
R$ 60

Brasil
Chardonnay
Pizzato 2007. Mercantil Zero, 3813-2929
R$ 26,50

Chile
Sauvignon Blanc
Concha y Toro.
Expand, 3847-4747
R$ 14,99

França
Alain Brumont Sauvignon Blanc/Gros Manseng.
Decanter, 3074-5454,
R$ 40,30

TINTOS

Argentina
Alamos Catena Pinot Noir 2007. Mistral, 3072-3400,
R$ 26,50

Espanha
Palacios
Remondo, La Vendimia 2005.
Vinci, 6097-0000,
R$ 51,40

França
Beaujolais
Village Drouhin 2007. Mistral, R$ 84,90

Clos de Tue Boeuf .
World Wine, 3383-7477, R$ 85

Travers de Marceau, Domaine Rimbert.
De La Croix, 3034-6214,
R$ 48

Grécia
Thalassitis Assirtyko Santorini Unoaked 2005. Mistral,
R$ 76,54

Uruguai
Marichal Pinot Noir. Wine Company, (41) 3302-1300, R$ 36,90

Casa Marín Litoral Pinot Noir 2004. Vinea Store, 3059-5200, R$ 230

Blog - como publicar codigos fonte em posts


--- exemplo:
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http://rberaldo.com.br/como-postar-codigos-em-sites-usando-o-syntaxhighlighter/

WP-Syntax


Fibonacci - como calcular a proporção aurea

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Menu com arroz no copo

Menu com arroz no copo

Bebida com tradição, o saquê é bem mais que aquele líquido geladinho tomado com sushis









Luiz Horta


 

Antes ele era apenas um líquido gelado ou quente para beber em copinhos quadrados acompanhando o sushi. Um álcoolzinho sem protagonismo. Mas sua imensa variedade e capacidade de combinar com muito mais que o básico farnel nipônico está levando o saquê para outras cozinhas. Os primeiros a sinalizar a tendência foram os sommeliers mais experientes e atrevidos. Aldo Sohn, sommelier do Le Bernardin, melhor do mundo em 2008, e Michel Couvreux, sommelier do Per Se, ambos restaurantes nova-iorquinos, incluíram saquês nas cartas e fizeram harmonizações com os pratos e menus de seus chefs estrelados.
Frank Bruni, ex-crítico de restaurantes do The New York Times, fez um desafio tremendo a Sohn: harmonizar um menu inteiro do chef do Le Bernardin, Eric Ripert, sem usar vinhos. Foram cervejas, uísques, runs e, claro, saquês. E deu certo.
E aqui? A presença ainda é tímida nos restaurantes. Em geral há apenas um rótulo nacional industrializado, quase onipresente, de estilo seco. No mercado, entretanto, já há boa oferta de saquês – são aproximadamente 30, entre nacionais e importados.
O Paladar decidiu colocar a bebida de arroz fermentado à prova. Mas na mesa, harmonizada com pratos brasileiros, italianos e franceses. No que deu?
Primeiro, houve um choque de qualidade. Há saquês refinados e caros como os grandes vinhos, até capazes de evolução e envelhecimento na garrafa, mesmo que a bebida seja predominantemente para tomar jovem. Há saquês espumantes e também doces, secos, demi-secs. Há encorpados e leves, turvos e translúcidos. O tipo de arroz influi, seu grau de polimento, a região de onde vem, a mineralidade da água. O arroz de grão curto japonês, sakamai, diferente do de mesa, pode rivalizar com algumas uvas. Arroz versus uva? Foi um espanto. Mas o foco eram as harmonizações. E antes que ficássemos perdidos provando saquês cada vez mais sofisticados (tarefa para a vida toda, com esboço na coluna Glupt! ao lado), paramos.
Escolhemos cinco garrafas e fomos ao desafio. Há mais opções no saquê do que a dicotomia quente ou frio; e mais complexidade que no doce ou seco. O saquê conseguiu: é possível fazer a refeição inteira com ele, da entradas à sobremesa.

Fotos: Felipe Rau/AE

 
 Tradicional. Os japonêses preferem os de cerâmica, este é de coleção, da notável artista Toshiko Ishii
 
 Design. Cristal delicado, próprio para o contato com os lábios, no copinho da finlandesa Iitala
 
 Ocidental. Os transparentes são preferidos no ocidente, este bem simples, de vidro grosso, é adequado
 
 Temperatura. Os dinamarqueses da Bodum sofisticaram o modelito e fizeram o ochoko térmico
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