quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Carros - As caminhonetes antigas mais estilosas da Ford, Chevrolet e Dodge.


Para muitos ter uma caminhonete é muito mais do que ter um carro, é um estilo de vida. Já carros antigos é uma paixão epidêmica que vem conquistando cada vez mais adeptos no Brasil. Existe até um predicado para quem possui e é apaixonado por carro antigo: antigomobilista. Agora, imagina quem gosta de caminhonetes antigas.
As marcas americanas sempre foram referências em caminhonetes. Ford, GMC (Chevrolet) e Dodge (Crysler) fizeram história no século passado com suas dezenas de caminhonetes lançadas a partir dos anos 30, uma mais estilosa que a outra. Agora, você sabe dizer os nomes das caminhonetes antigas? Quantas você conhece?
São muitas e por isso separei apenas uma parte delas, por marca, que vão desde a década de 30 até a década de 80. Como existem muitas versões de um único modelo, pode ser que você sinta falta de alguma. Pode ser também que eu não tenha colocado aquela versão de um ano em específico ou uma versão com um design muito próxima de outra.
Prepare-se, pois a partir de agora seu repertório de nomes daquelas caminhonetes americanas, de fazendeiros, de filmes (seja lá como você se referia) que você sempre admirou vai aumentar.

Caminhonetes Ford

Ford Coupé Utility – 1936

Ford Coupé UTE

Ford F1 – 1949

Ford F1 - 1949

Ford F 100 – 1953

Ford F100 - 1953

Ford Mercury M 100 – 1953

Ford Mercury M 100 - 1953

Ford F 100 – 1960

Ford F 100 1960

Ford Ranchero – 1965

Ford Ranchero 289 - 1965

Ford F 100 – 1973

Ford F 100 1973

Ford F 150 – 1977

Ford F 150 - 1977

Ford Courier – 1974

Ford Courier - 1974

Ford F 150 Ranger – 1975

Ford F 150 Ranger - 1975

Ford F 150 4×4 Ranger – 1979

Ford F 150 4x4 - 1979

Ford F 1000 – 1985

Ford F 1000 - 1985

Caminhonetes Chevrolet – GMC

Chevrolet 3100 – Advance Design – 1950

Chevrolet 3100 - 1950

Chevrolet 3600 – Advance Design – 1952

Chevrolet 3600 - 1952

Chevrolet 3100 – Task force – 1957

Chevrolet 3100 - task force 1957

Chevrolet 3100 Cameo Carrier – 1958

Chevrolet cameo carrier 1958

Chevrolet – GMC 100 – Task force

GMC 100 - 1957

Chevrolet Apache – 1958

Chevrolet Apache 1958

Chevrolet Blue Chip – Task force

Chevrolet Blue Chip - Task force

Chevrolet C10 – 1965

Chevrolet C10 - 1965

Chevrolet k10 – 1968

Chevrolet k10 - 1968

Chevrolet C20 – 1969

Chevrolet C20 - 1969

GMC 1000 – 1964

GMC 1000 - 1964

Chevrolet C10 Silverado – 1985

Chevrolet C10 Silverado - 1985


Automotivos 728x90

Caminhonetes Dodge

Dodge B1 – Pilothouse – 1949

Dodge B series - Pilothouse B1

Dodge Fargo – 1955

Dodge Fargo - 1955

Dodge série C – Primeira geração – 1957

Dodge C series - 1957

Dodge D-100 Sweptside – 1958

Dodge D-100 Sweptside - 1958

Dodge D100 Sweptline – 1968

Dodge D100 Sweptline - 1968

Dodge D200 – 1971

Dodge D200 - 1971

Dodge série D Li’l Red – 1979

DODGE LIL RED - 1979

Dodge W150 Macho Power Wagon – 1979

Dodge W150 Macho Power Wagon - 1975

Dodge Ram D350 – 1985

Dodge Ram D350 - 1985

Dodge Ram D150

Dodge Ram D150



fonte: https://guiaestilomasculino.com/as-caminhonetes-antigas-mais-estilosas-da-ford-chevrolet-e-dodge/

domingo, 16 de dezembro de 2018

Carreira - Renove a carreira em 2019: 8 cursos para quem busca trabalhos autônomos em TI


Área de tecnologia é uma das alternativas mais rentáveis e com maior demanda no mercado
Para muitos brasileiros, o trabalho autônomo pode oferecer vantagens, como flexibilidade de horário, local e até mesmo a escolha de projetos. Empresas de diferentes setores têm cada vez mais demandado mão de obra em tecnologia e muitas contratam profissionais por projetos.
Ana Romeo, Head de Produto da Udacity, comenta que muitos profissionais da área de tecnologia optam por atuar como freelancers, aceitando projetos pontuais de acordo com a sua disponibilidade. "Isso permite, por exemplo, trabalhar de forma remota, negociar pagamentos mais justos por cada entrega e escolher fazer aquilo que gosta mais", explica Ana.
Segundo ela, essa escolha de carreira é mais comum entre programadores de sites e aplicativos móveis. A executiva listou oito opções de cursos, em português e online, para quem quer mudar a rotina e trabalhar como autônomo.
Confira:
1. Fundamentos de JavaScript
Sobre o curso: Você aprenderá os fundamentos da linguagem mais conhecida no desenvolvimento web e começará a escrever suas primeiras linhas de código. Você transformará decisões da vida real em código ao usar declarações condicionais, além de explorar o uso dos loops "for" e "while" de JavaScript. Você também será apresentado ao armazenamento de dados em arrays e à manipulação de arrays usando propriedades e métodos comuns.
Duração: 4 semanas.
Inscrições: gratuitas neste site.
2. Introdução à Programação
Sobre o curso: Neste curso Nanodegree, você aprenderá os fundamentos de programação de forma estruturada e com o acompanhamento contínuo de especialistas no assunto. Você desenvolverá conhecimento aplicável, construindo projetos reais como sites e aplicativos. Além disso, também conhecerá os conceitos fundamentais de HTML, CSS, Python e APIs.
Duração: 3 meses.
Inscrições: R$ 599,00 neste site.
3. Fundamentos do Design Responsivo para a Web
Sobre o curso: O curso aborda os fundamentos do web design responsivo: você criará sua própria página web responsiva para que ela funcione bem em qualquer dispositivo — como telefone, tablet, desktop ou qualquer outro. Você também vai aprender como criar seu próprio layout responsivo usando media queries do CSS e a tag viewport.
Duração: 2 semanas.
Inscrições: gratuitas neste site.
4. Fundamentos de Front-End
Sobre o curso: Com este curso Nanodegree, você dominará os fundamentos de front-end para começar a desenvolver websites responsivos e dinâmicos com HTML, CSS e JavaScript. Aprenderá desde otimização de imagens responsivas, JavaScript e jQuery à controle de projetos de software com Git & GitHub.
Duração: 2 meses.
Inscrições: R$ 599,00 neste site.
5. Otimização de Performance de Website
Sobre o curso: O curso ensina como otimizar qualquer site para ser rápido, além de se aprofundar nos detalhes de como browsers de celulares e computadores desktop processam páginas. É ensinado o conceito de caminho de renderização crítico, também conhecido como o conjunto de passos que navegadores devem seguir para converter HTML, CSS e JavaScript em sites cheios de vida.
Duração: 1 semana.
Inscrições: gratuitas neste site.
6. Desenvolvedor Web Full Stack
Sobre o curso: Trabalhar no mercado de desenvolvedor web está cada vez mais desafiador devido à velocidade com que novas aplicações e linguagens surgem e se atualizam. Para se destacar, é necessário ter um visão do todo e saber como resolver um problema de forma completa. Nesse curso Nanodegree, você adquire competências essenciais para construir aplicações web do início ao fim, desde a interface até o servidor, passando por back-end, front-end e servidores Linux.
Duração: 6 meses.
Inscrições: R$ 1.999,00 neste site.
7. JavaScript Orientado a Objetos
Sobre o curso: Para quem já tem familiaridade com a linguagem JavaScript, vale aprender como construir sites usando blocos reutilizáveis de código conhecidos como bibliotecas. O curso é projetado para ensinar desenvolvedores web a utilizar os vários recursos de programação orientada a objeto no JavaScript e a escrever bibliotecas reutilizáveis e sustentáveis que irão tornar a sua vida mais fácil.
Duração: 5 semanas.
Inscrições: gratuitas neste site.
8. Android Basics
Sobre o curso: Google e Udacity construíram este curso Nanodegree para quem quer iniciar sua jornada de programação mobile. Entre aulas e projetos práticos, são abordados temas como interfaces de usuário, interatividade e programação orientada a objetos, e aplicativos multi-telas, além de redes, dados e APIs. Aprenda a linguagem Java e comece a construir aplicativos para bilhões de dispositivos.
Duração: 3 meses.
Inscrições: R$ 1.099,00 neste site.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Casas - 10 características marcantes em uma casa tradicional japonesa




Características de uma casa tradicional japonesa As casas tradicionais japonesas são um charme e possuem características arquitetônicas únicas que não são vistas em casas de estilo ocidental. Não é a toa que muitas pessoas que vem visitar o Japão, procuram os famosos ryokans, que são as hospedarias tradicionais japonesas que obviamente reúnem todas essas características em um só lugar.
As casas tradicionais japonesas são chamadas de Minka (民家), que literalmente significa “casa do povo”. Esse estilo de casa remonta ao período Edo e variam muito em sua aparência de região para região, referindo-se a todas as casas não pertencentes à aristocracia ou à classe samurai, ou seja, geralmente pertenciam a agricultores, artesãos e comerciantes.
Essas casas possuem salas com estilo japonês, chamadas de Washitsu (和室), que se caracterizam por ter tatami, portas de correr (fusuma) ao invés de portas articuladas entre os quartos, shoji, uma espécie de painel com papel translúcido colocado em uma armação de madeira, Tokonoma, uma área ligeiramente elevada em uma sala de recepção, etc.
Não podemos esquecer do genkan, que é um item presente em praticamento todas as casas japonesas, mesmo aquelas com estilo ocidental. Se você pretende viajar para o Japão, é interessante conhecer algumas dessas características e saber para que servem, afinal, essas casas tem um papel importante no que diz respeito a história e cultura do Japão.

1. Tatami

Washitsu (Wikimedia Commons)
Ao adentrar uma casa tradicional japonesa, uma das primeiras coisas que você vai reparar é o Tatami (畳), uma espécie de revestimento tradicional, utilizado desde o Período Muromachi. É feito de palha de arroz prensada revestida com esteira de junco e faixa lateral.
Quando o Tatami é novo tem uma coloração esverdeada, porém à medida que envelhecem, tornam-se amarelados. Não é permitido pisar no tatami com calçados, nem mesmo com chinelos (suripas). Normalmente senta-se diretamente no chão, em cadeiras sem pernas chamadas zaisu ou em grandes almofadas chamadas de zabuton.

2. Genkan

Genkan (style-sense.com)
O Genkan (玄関) fica localizado na entrada da casa, sempre um degrau abaixo da entrada principal. Neste local, deve-se retirar os sapatos e deve deixa-los sempre voltado para a porta. Em seguida, coloca-se a suripa, uma espécie de chinelo que deve ser usado apenas dentro da casa. Esse hábito ajuda a evitar e/ou reduzir a sujeira no interior da casa.
Geralmente, há um armário para guardar sapatos ao lado do genkan. Na maiorias das casas tradicionais, há um genkan espaçoso, já que é comum as famílias receberem convidados. Como já deu pra perceber, em hipótese nenhuma deve-se andar de sapatos dentro de uma residência no Japão. Ao fazer isso, você estará infringindo uma regra de etiqueta muito importante.

3. Shoji

Shoji (wikimedia commons)
Antigamente, as casas japonesas não costumavam usar vidro. Ao invés disso, era comum usar o shoji (障子) como alternativa de iluminação natural no interior da casa. O shoji é um painel ou porta de correr deslizante que se caracteriza por papel translúcido (feito com papel washi) em uma armação de madeira, usado tanto em paredes internas como externas.
A luz difusa atravessa o papel e cria uma atmosfera “macia” que se altera conforme a luz do dia. A estrutura que constitui os postigos em treliça podem ser de bambu ou madeira. As portas shōji podem ser encontradas tanto em casas de estilo japonês como de estilo ocidental e são projetadas para deslizar livremente e, assim, ajudam a economizar espaço.

4. Fusuma

Fusuma (fusuma.jp)
Fusuma (襖) são painéis deslizantes que atuam como portas, divisórias e paredes, feitos de papel muito espesso emoldurado em madeira e uma camada de papel ou tecido em ambos os lados.


O fusuma costuma ser decorado com pinturas relacionados à natureza, animais, mitologia ou caligrafia. Eles oferecem às casas japonesas muitas possibilidades, pois os quartos podem ser reconfigurados dinamicamente. Eles geralmente medem cerca de 90 centímetros de largura por 180 centímetros de altura e possuem uma borda de laca preta. As portas correm em trilhos de madeira na parte superior (Kamoi / 鴨居) e inferior (shikii / 敷居).

5. Wagoya


Wagoya (hoshinoyataketomijima.com)
Carpinteiros japoneses desenvolveram técnicas de marcenaria avançadas, permitindo a construção de grandes edifícios sem o uso de pregos. Algumas dessas madeiras são encaixadas ou amarradas com corda, e podem ser visto nas antigas casas japonesas.
O wagoya, por exemplo, se caracteriza por uma estrutura de madeira usada sob o telhado em que usa-se o método de intertravamento para conectar madeiras, estruturas e vigas.

6. Engawa

Engawa (Wikimedia Commons)
Engawa (縁側) é um corredor externo que fica do lado de fora da casa, como uma espécie de varanda. Tradicionalmente é usado para proteger as portas e paredes shoji contra o sol, chuvas e tempestades. A largura do engawa depende da casa, podendo ser estreito ou largo.

7. Ranma

Ranma (wikimedia commons)
Ranma (欄間) são painéis situados acima do shoji ou fusuma que são projetados para deixar entrar luz e ventilação nas salas e quartos. Muitas vezes são esculturas de madeira ornamentadas ou telas shoji .

8. Tokonoma

Tokonoma (Wikimedia Commons)
Tokonoma (床の間) é uma área ligeiramente elevada de encontro a uma parede em uma sala destinada a receber convidados. Neste local é comum encontrarmos um ou mais tipos de arte tais como pintura, shodo, bonsai, Suiseki (pedra de exibição), Kakemono ou ikebana.
Existe algumas regras de etiqueta importante em relação ao Tokonoma. Por exemplo, não se deve entrar no interior do tokonoma, exceto para mudar a decoração. Os convidados também devem ficar de costas pra ele, com o intuito de mostrar modéstia perante seus hóspedes.

9. Amado

Amado (wikimedia commons)
Amado (雨戸) é uma espécie de persiana ou porta de correr usada para selar completamente uma casa ou apartamento para segurança, privacidade e proteção contra vento, neve, tempestade ou tufões. Geralmente são feitos de madeira, ou metal.
O amado interfere completamente na estética de uma casa tradicional japonesa, uma vez que durante o dia, costuma ficar aberto, deixando à mostra o shoji, por onde entra a iluminação natural. Já durante a noite, costuma ser fechada por questões de segurança.

10. Ofuro

Ofuro (Wikimedia Commons)
Antigamente, a maioria das casas japonesas não tinham local para tomar banho. Por este motivo, era comum as pessoas se dirigirem ao Sento (banhos públicos) para se lavar. Na era Meiji, área para banho passou a ser implementadas nas casas, sendo comum hoje em dia. Em casas antigas e ryokans ainda é possível encontrar os tradicionais ofurô em madeira.
Uma característica interessante é o fato da área do banho ser separada do banheiro. Na área do banho, é comum encontrarmos o Ofuro (風呂), uma espécie de banheira onde os japoneses costumam relaxar após se lavarem. No entanto, existem diversas etiquetas relacionadas ao uso do ofurô. Se quiser saber mais sobre esse assunto, confira esse artigo.
Como deu pra notar, uma casa tradicional japonesa é multi-funcional e extremamente versátil na sua concepção. Ao mesmo tempo, esse tipo arquitetura prima pela sua simplicidade e refinamento. Mesmo nos dias de hoje, podemos encontrar muitas dessas características antigas em casas novas e modernas pois as muitas pessoas as consideram encantadoras.

sábado, 8 de dezembro de 2018

Energia Eletrica - Como funcionam os carros elétricos?

publicado por adm | Sábado, 24 Abril , 2010, 19:18
Os carros elétricos estão em evidência na mídia. Vários motivos que explicam o interesse crescente por ess­es veículos:
  • Eles poluem menos do que carros movidos a gasolina, tornando-se uma alternativa ambientalmente saudável a esse tipo de veículo (especialmente nas cidades).
  • Quando se fala em carros híbridos, geralmente se fala em carros elétricos.
  • Veículos movidos a células a combustível são carros elétricos, e células a combustível estão em destaque nos meios de comunicação.


Regulador de 50 quilowatts do motor de um carro elétrico

Neste artigo, você aprenderá sobre como são fabricados e convertidos os os veículos elétricos. Também lerá sobre um programa inovador, que envolve estudantes de ensino fundamental e médio. O projeto viabiliza a construção e a corrida de carros elétricos.


Um carro elétrico é movido por um motor elétrico, em vez de por um motor a gasolina.
À primeira vista, é difícil saber se um carro é elétrico. Na maioria dos casos, esse tipo de veículo é feito a partir da conversão de um carro a gasolina. Sendo assim, torna-se impossível a identificação. Ao dirigir um carro elétrico, a única diferença perceptível é o fato de ele ser bastante silencioso.
Sob o capô, porém, há muitas diferenças entre os carros a gasolina e os elétricos:
  • O motor a gasolina é substituído por um motor elétrico.
  • O motor elétrico recebe força de um regulador, cuja alimentação é feita por um conjunto de baterias recarregáveis.
Com suas linhas de alimentação, sistemas de escapamento, mangueiras de refrigeração e filtros de ar, o motor à gasolina parece um projeto de encanamento. Já um carro elétrico é um projeto de instalação elétrica.
Para se ter uma idéia sobre como funciona um carro elétrico, vamos analisar um deles. O veículo que utilizaremos para essa discussão é mostrado aqui:



O carro elétrico da foto tem alguns adesivos bastante chamativos. O proprietário deste veículo é Jon Mauney.

Antes, este veículo elétrico era um Geo Prism 1994 movido à gasolina. Veja quais as modificações que o transformaram em um carro elétrico:
  • o motor a gasolina, o silenciador, o catalisador, o escapamento e o tanque de combustível, tudo foi removido;
  • toda a embreagem foi retirada. Já o câmbio manual foi preservado e travado na segunda marcha;
  • um novo motor de corrente alternada (CA) foi fixado ao câmbio com o uso de uma placa adaptadora;
  • um regulador elétrico foi instalado para controlar o motor CA;


O regulador de 50 kW absorve 300 volts CC (corrente contínua) e produz 240 volts CA em três fases. É a caixa onde está escrito "U.S. Electricar".

  • uma bandeja de baterias foi instalada no assoalho do carro;
  • cinqüenta baterias de chumbo-ácido de 12 volts foram colocadas na bandeja de baterias (dois conjuntos de 25, para gerar 300 volts CC);
  • motores elétricos foram colocados para movimentar equipamentos que usavam a força do motor a gasolina para isso: bomba de água, bomba de direção hidráulica e ar-condicionado;
  • uma bomba de vácuo foi instalada para o sistema de servoassistência do freio, que antes usava o vácuo do motor a combustão;


A bomba de vácuo está à esquerda do centro

  • a alavanca do câmbio manual foi substituída por um interruptor, disfarçado de alavanca seletora de caixa automática, para marcha a frente e ré;


Uma alavanca seletora de caixa automática para selecionar marcha à frente e ré. Ela contém um pequeno interruptor, que manda um sinal para o regulador.

  • um pequeno aquecedor de água elétrico foi colocado para fornecer aquecimento para a cabine;


Aquecedor de água

  • um carregador foi instalado para que as baterias fossem carregadas. Este carro em particular tem dois sistemas de recarga: o primeiro por uma tomada normal de 120 ou 240 volts, e o outro por recarga Magna-Charge de placa indutiva.


Sistema de carga de 120/240 volts


Sistema de recarga Magna-Charge por placa indutiva

  • O medidor de combustível foi substituído por um voltímetro.


O medidor de combustível de um carro elétrico pode ser um voltímetro simples ou um computador mais sofisticado, que acompanha o fluxo de ampères que vai e volta do conjunto de baterias

O restante no carro é normal. Ao entrar para dirigir, coloca-se a chave na ignição e gira-se a chave para a posição "ligado". Depois, posiciona-se a alavanca em "drive" (marcha à frente), pisa-se no acelerador e o carro anda com o desempenho de um carro a gasolina. Conheça algumas informações interessantes sobre esse carro:
  • A sua autonomia é de cerca de 80 km.
  • Ele vai de 0 a 100 km/h em cerca de 15 segundos.
  • São necessários cerca de 12 quilowatts/hora de eletricidade para carregar o carro após rodar 80 km.
  • As baterias pesam em torno de 500 kg e duram de 3 a 4 anos.
Aqui está um exemplo que compara o custo por quilômetro do carro a gasolina com o deste carro elétrico. Se o custo da eletricidade é de R$ 0,50 por quilowatt/hora, isso significa que para uma recarga completa teremos um custo de R$ 6. O custo por quilômetro, então, é de cerca de R$ 0,075. A gasolina custa em torno de R$ 2,40 por litro e um carro faz aproximadamente 12 quilômetros por litro. Então, o custo por quilômetro da gasolina é de R$ 0,20. Tomando esses exemplos como base, o custo por quilômetro do carro elétrico é apenas 37,5% daquele do carro a gasolina.
Fica claro que o "combustível" dos veículos elétricos custa muito menos por quilômetro rodado do que o da gasolina . Para muitos, a autonomia de 80 km não se apresenta como fator limitante um motorista que mora na cidade ou nos arredores, raramente dirige mais do que 50 ou 60 quilômetros por dia.
No entanto, para que a nossa análise seja rigorosamente justa, precisamos incluir o custo de reposição das baterias no cálculo. Por enquanto, elas são o ponto fraco dos carros elétricos. A reposição de baterias para este carro fica em torno de R$ 4 mil. Elas durarão cerca de 30 mil quilômetros, o que dá em torno de R$ 0,15 por quilômetro. Agora fica fácil entender porque existe tanto interesse nas células a combustível. Elas seriam uma solução para o problema das baterias (veja mais detalhes sobre as células combustível mais adiante, neste artigo).
O que faz um carro elétrico funcionar é a combinação de:
  • Motor elétrico
  • Regulador do motor
  • Baterias


Regulador CC conectado às baterias e ao motor CC. Se o motorista pisar fundo no acelerador, o regulador entrega todos os 96 volts das baterias para o motor. Se o motorista retira o pé do acelerador, o regulador entrega 0 volt para o motor. Para qualquer situação intermediária, o regulador divide os 96 volts milhares de vezes por segundo. Assim, cria-se uma voltagem média entre 0 e 96 volts.

O regulador recebe energia das baterias e a repassa ao motor. O pedal do acelerador está ligado a um par de potênciometros (resistores variáveis). Eles fornecem o sinal que avisa ao regulador quanta energiaa deve ser entregue. O regulador pode passar energia zero (carro parado), energia total (o motorista pisa fundo no acelerador) ou quaisquer níveis intermediários de energia.
Quando se abre o capô, este equipamento rouba a cena:


O regulador, de 50 kW e 300 volts, é a caixa em que se lê "US Electricar"

Neste carro, o regulador recebe 300 volts CC das baterias. Depois, converte-os em um máximo de 240 volts CA, trifásica, para enviar para o motor. Isso é feito através de grandes transistores, que rapidamente ligam e desligam a voltagem das baterias para gerar uma onda senoidal.
Quando o acelerador é pressionado, um cabo do pedal se conecta com estes dois potênciômetros:



Os potenciômetros ligados ao acelerador enviam um sinal para o regulador

O sinal dos potenciômetros diz ao regulador quanta energia deve ser entregue para o motor elétrico do carro. Por medida de segurança, há dois potenciômetros. O regulador lê ambos e se assegura de que os sinais são iguais. Se não forem, o regulador não opera. Esse arranjo é para segurança, ao prevenir a situação em que um potenciômetro prenda na posição de aceleração máxima.


Os grandes cabos, à esquerda, conectam o conjunto de baterias ao regulador. No meio deles, localiza-se um grande interruptor liga/desliga. O conjunto de pequenos fios, à direita, leva sinais dos termômetros localizados entre as baterias, bem como aos ventiladores que mantêm as baterias frias e ventiladas.


Cabos grossos entrando e saindo do regulador

A tarefa do regulador em um carro elétrico CC é fácil de entender. Vamos supor que o painel tenha 12 baterias de 12 volts, ligadas em série para criar 144 volts. O regulador recebe 144 volts CC e entrega-os ao motor de forma controlada.
O regulador CC mais simples seria um grande interruptor liga/desliga conectado ao pedal do acelerador. Ao se pressionar o pedal, o interruptor ligaria, e ao se retirar o pé, desligaria. O motorista teria que pressionar e soltar o acelerador para pulsar o motor, ligando e desligando o interruptor para manter uma dada velocidade.
Obviamente, esse sistema "liga/desliga" funcionaria, mas seria muito difícil de dirigir um carro assim. Sendo assim, o regulador pulsa o motor para o motorista, lendo a situação do pedal do acelerador através dos potenciômetros e regulando a energia adequadamente. Digamos que o acelerador esteja pressionado até a metade, o regulador lê esta posição através do potenciômetro e rapidamente liga e desliga a energia para motor, de forma que ele fique ligado metade do tempo e desligado na outra metade. Se o acelerador estiver pressionado a 25%, o regulador pulsa a energia de forma que o motor permaneça ligado em 25% e desligado em 75% do tempo.
A maioria dos reguladores pulsa mais de 15 mil vezes por segundo, de maneira a manter a pulsação fora dos limites da audição humana. A corrente pulsante faz com que a carcaça do motor vibre na mesma freqüência, assim, ao pulsar a mais de 15 mil ciclos por segundo, o regulador e o motor tornam-se silenciosos ao ouvido humano.



Um regulador CA se liga ao motor CA. Utilizando seis conjuntos de transistores, o regulador recebe 300 volts CC e produz 240 volts CA, trifásica. Veja Como funciona a eletricidade para ler uma discussão sobre corrente trifásica. O regulador ainda fornece um sistema de recarga para as baterias e um conversor CC-CC para recarregar a bateria de 12 volts dos acessórios.

Em um regulador CA, a tarefa é um pouco mais complicada, mas é a mesma idéia básica. O regulador cria 3 ondas pseudo-senoidais. Ele faz isso recebendo a voltagem CC das baterias e pulsando-a em ligado e desligado. Em um regulador CA, há a necessidade adicional de inverter a polaridade da voltagem 60 vezes por segundo. Além disso, são necessários seis conjuntos de transistores em um regulador CA, enquanto somente um é necessário em um regulador CC. No regulador CA, para cada fase são necessários um conjunto de transistores que pulse a tensão e outro conjunto para inverter a polaridade. Duplicando isso três vezes por três fases teremos seis conjuntos de transistores.
A maioria dos reguladores CC usados nos carros elétricos são da indústria de empilhadeiras elétricas. O regulador CA Hughes da foto acima foi o mesmo utilizado no veículo elétrico GM EV1. Este regulador tem capacidade para entregar um máximo de 50 mil watts ao motor.
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Motores e baterias dos carros elétricos
Carros elétricos podem utilizar motores CA e CC:
  • se for um motor CC, ele deve funcionar na faixa de 96 a 192 volts. Muitos dos motores DC utilizados nos carros elétricos vêm da indústria de empilhadeiras elétricas;
  • se for um motor CA, ele é provavelmente um CA trifásico, que funciona a 240 volts CA com um conjunto de baterias de 300 volts.
As instalações CC tendem a ser mais simples e menos caras. Um motor típico estará na faixa de 20 a 30 mil watts (por exemplo, um regulador de 96 volts entregará um máximo de 400 ou 600 ampères). Os motores CC têm a boa característica de poderem operar com sobrecarga (até um fator de 10 para 1) durante curtos períodos de tempo. Por exemplo, um motor de 20 mil watts aceitará 100 mil watts por um curto período e produzir 5 vezes mais potência que a nominal. Isso é ótimo para acelerações rápidas momentâneas. A única limitação é o aquecimento do motor. Se for utilizado demais nessa condição, ele aquecerá a um ponto em que se autodestruirá.
As instalações CA permitem o uso de quase todo o tipo de motor CA trifásico. Isso possibilita encontrar mais facilmente um motor com o tamanho, forma ou potência nominal desejados. Os motores e os reguladores CA geralmente têm uma característica regenerativa. Durante a frenagem, o motor se transforma em um gerador e devolve energia para as baterias.
Até agora, o ponto fraco dos carros elétricos são as baterias. Existem pelo menos seis importantes problemas com a tecnologia atual das baterias chumbo-ácido:
  • são pesadas (um conjunto de bateria chumbo-ácido normal pesa cerca de 500 kg ou mais);
  • são volumosas (o carro analisado tem 50 baterias de chumbo-ácido, cada uma medindo em torno de 15 x 20 x 15cm);
  • têm capacidade limitada (um conjunto típico de baterias chumbo-ácido armazena 12 a 15 kilowatt/hora de eletricidade, proporcionando ao carro uma autonomia de apenas 80 quilômetros);
  • demoram para recarregar (o período para recarga completa de um conjunto de baterias chumbo-ácido vai de 4 a 10 horas, dependendo da tecnologia e do carregador usados);
  • têm vida curta (3 ou 4 anos, talvez a 200 ciclos de carga/descarga);
  • são caras (algo em torno de 2 mil dólares para o conjunto de baterias do carro que utilizamos como exemplo).
As baterias chumbo-ácido podem ser substituídas por baterias de níquel-hidreto metálico (NiMH). A autonomia do carro dobra e as baterias duram 10 anos (milhares de ciclos de carga/descarga). No entanto, o custo dessas baterias é 10 a 15 vezes maior do que o custo das baterias de chumbo-ácido. Em outras palavras, um conjunto de baterias níquel-hidreto metálico custará de R$ 40 mil a R$ 60 mil em vez de R$ 4 mil. Os preços das baterias mais avançadas caem à medida que elas são mais vendidas. Então, nos próximos anos é possível que pacotes de baterias níquel-hidreto metálico e lítio-íon se tornem competitivos com os preços das baterias chumbo-ácido. A partir de então, os carros elétricos vão possuir uma autonomia muito maior.
Ao examinar os problemas associados com as baterias, surge uma nova perspectiva de análise em relação a gasolina. Dez litros de gasolina pesam cerca de 7,5 kg, custam em torno de R$ 24 e necessitam de 30 segundos para serem colocadas no tanque. São equivalentes a 500 kg de baterias de chumbo-ácido, que custam R$ 4 mil e levam 4 horas para recarregar.
Os problemas com a tecnologia das baterias explicam porque atualmente há tanta expectativa em torno das células a combustível. Se comparadas com baterias, as células são menores, muito mais leves e de recarga instantânea. Quando alimentadas por hidrogênio puro, não apresentam nenhum dos problemas ambientais associados à gasolina. É muito provável que o carro do futuro venha a ser um carro elétrico que usará eletricidade das células a combustível. Mas ainda é necessário muita pesquisa e desenvolvimento para que as células a combustível se tornem confiáveis e baratas para movimentar automóveis.
Todos os carros elétricos têm uma outra bateria a bordo. Trata-se da bateria chumbo-ácido de 12 volts que todo carro tem. Essa bateria fornece energia para os acessórios como faróis, rádio, ventiladores, computadores, airbags, limpadores de pára-brisa, vidros elétricos e instrumentos dentro do carro. Do ponto de vista econômico, é lógico que o carro elétrico também deve usar esses aparelhos, já que estão prontamente disponíveis e são padronizados em 12 volts.
Desta forma, um carro elétrico tem uma bateria chumbo-ácido de 12 volts para alimentar todos os acessórios. Para mantê-la carregada, o carro elétrico precisa de um conversor CC-CC. Este equipamento recebe a energia CC do painel principal de baterias (por exemplo a 300 volts CC) e converte-a para 12 volts, a fim de recarregar a bateria dos acessórios. Quando o carro está ligado, os acessórios usam a força do conversor CC-CC. Quando o veículo está desligado, usam a força da bateria de 12 volts, como em qualquer carro a gasolina.
O conversor CC-CC é normalmente uma caixa separada sob o capô, mas pode também estar embutida no regulador.

A recarga num carro elétrico
Qualquer carro elétrico que use baterias precisa de um sistema de recarga para elas. Esse sistema tem dois objetivos:
  • levar eletricidade para as baterias com a rapidez que elas permitirem;
  • monitorar as baterias e evitar que se danifiquem durante o processo de carga.

Corrente de carga Quando as baterias chumbo-ácido estão com a carga baixa, quase toda a corrente é absorvida pela reação química. Quando o estado da carga atinge um determinado ponto, a cerca de 80% dessa capacidade, mais e mais energia é gasta no aquecimento e eletrólise da água. O borbulhamento do eletrólito resultante é chamado informalmente de "fervura". Para que o sistema de recarga minimize a fervura, a corrente de carga deve baixar para os 20% restantes do processo de carga.
Os sistemas de recarga mais sofisticados monitoram a voltagem, o fluxo de corrente e a temperatura da bateria para minimizar o tempo de recarga. O carregador envia o máximo de corrente que pode, sem elevar muito a temperatura das baterias. Carregadores menos sofisticados podem monitorar apenas a voltagem ou a amperagem e fazer certas suposições sobre as características médias da bateria. Um carregador como esse pode aplicar a corrente máxima às baterias em até 80% da capacidade delas e então, nos 20% finais, cortar a corrente a um nível pré-estabelecido, para evitar superaquecimento.
O carro elétrico de Jon Mauney tem dois tipos diferentes de sistema de carga. Um deles aceita 120 ou 240 volts de uma tomada elétrica normal. O outro é o sistema indutivo Magna-Charge, popularizado pelo veículo GM EV1. Vamos analisar cada um desses sistemas separadamente.
O sistema de carga doméstico tem a vantagem de ser conveniente, a recarga poderá ser feita em qualquer lugar onde exista uma tomada. Entretanto, existe a desvantagem do tempo de carga.
Uma tomada doméstica de 120 volts tem um disjuntor de 15 ampères. Ou seja, a quantidade máxima de energia que o carro pode consumir é de aproximadamente 1500 watts, ou 1,5 quilowatt/hora por hora. Uma vez que o painel de baterias do carro de Jon normalmente precisa de 12 a 15 quilowatts/hora para uma recarga completa, ela pode levar de 10 a 12 horas para se realizar usando esta técnica.
Utilizando-se um circuito de 240 volts (como a tomada de uma secadora elétrica), o carro poderá receber 240 volts a 30 ampères, ou 6,6 quilowatts/hora. Esta solução permite uma carga bem mais rápida, levando de 4 a 5 horas para recarregar completamente o conjunto de baterias.
No carro de Jon, o tubo para abastecimento de gasolina foi removido. No lugar, foi colocada uma tomada de recarga. O simples ato de plugar com uma extensão de serviço pesado inicia o processo de recarga.



Ao  abrir a tampa do combustível, vê-se o plugue para recarga


Detalhe do plugue


Foto: cortesia de Jon Mauney
O carro pode ser ligado em qualquer lugar para fazer a recarga
Neste carro, o carregador foi instalado dentro do regulador. Na maioria dos veículos convertidos domesticamente, o carregador é uma caixa separada, localizada sob o capô. Também pode ser uma unidade móvel separada do carro.
O sistema Magna-Charge é formado por duas partes:
  • uma estação de recarga instalada na parede de casa


Foto: cortesia de Jon Mauney
  • um sistema de recarga no porta-malas do carro


A estação de carga é ligada ao circuito de 240 volts e 40 ampères através do painel de circuito da casa.
O sistema de recarga envia eletricidade para o carro através de chapas indutivas:


Foto: cortesia de Jon Mauney

A chapa se encaixa em uma abertura escondida atrás da placa do carro.


Foto: cortesia de Jon Mauney

A chapa atua como uma das metades de um transformador. A outra metade está dentro do veículo, posicionada ao redor da abertura, atrás da placa do carro. Quando a chapa é inserida, forma-se um transformador com a abertura e a energia se transfere para o carro.
Uma vantagem do sistema indutivo é que não existem contatos elétricos expostos. A chapa pode ser tocada ou até mesmo derrubada na água sem haver risco de choque. Outra vantagem é a capacidade que ela possui de puxar rapidamente uma quantidade significativa de corrente para o carro, pois a estação de recarga se liga a um circuito de 240 volts.
O conector de recarga de alta potência mais competitivo é o conhecido como "Avcon plug", usado pela Ford e por outros fabricantes. O "Avcon plug" tem contatos "cobre-cobre" em vez de chapas indutivas. Também possui uma conexão mecânica elaborada, que mantém os contatos cobertos, até que o conector esteja ligado ao receptáculo no veículo. Juntando esse conector com a proteção tipo GFCI (interruptor em caso de falha no aterramento) a conexão se torna segura em qualquer tipo de clima. Jon Mauney ressalta o seguinte:
Uma importante característica do processo de carga é a "equalização". Um veículo elétrico tem uma série de baterias (algo entre 10 e 25 módulos, cada um contendo de 3 a 6 células). As baterias são muito similares, mas não idênticas. Desta forma, elas apresentam pequenas diferenças de capacidade e resistência interna. Todas as baterias em uma série liberam a mesma corrente (leis da eletricidade). Entretanto, as mais fracas têm que "trabalhar duro" para produzir a corrente. Sendo assim, estarão com a carga levemente mais baixa ao final da jornada. Conseqüentemente, as baterias mais fracas precisam de mais recarga para voltar para a carga máxima. Por estarem em série, as baterias também recebem exatamente a mesma quantidade de recarga. Isso deixa a bateria fraca ,ainda mais fraca do que era antes. Com o tempo, isso causa um estrago na bateria muito antes do que no resto do conjunto. Como a bateria determina a autonomia do veículo, esta diminui.
A solução comum para este problema é a "carga equalizadora". As baterias são levemente sobrecarregadas para garantir que as pilhas mais fracas cheguem à carga total. O segredo é manter as baterias equalizadas, mas sem danificar as mais fortes com sobrecarga. Há soluções mais complexas, que escaneiam as baterias, medem voltagens individuais e enviam corrente de carga extra para os módulos mais fracos.
Convertendo um carro
A maioria dos carros elétricos nas ruas hoje é de veículos de conversão "caseira". Pessoas com interesse em carros elétricos convertem carros a gasolina em carros elétricos nos seus quintais e garagens. Há muitos sites que falam sobre o fenômeno e mostram como fazê-lo, onde adquirir peças, etc.
Uma conversão típica usa um regulador CC e um motor CC. A pessoa que faz a conversão decide em que voltagem o sistema vai funcionar em geral, entre 96 e 192 volts. A decisão a respeito da voltagem define o número de baterias que o carro vai precisar e qual o tipo de motores e reguladores que serão usados. Os mais utilizados em conversões domésticas são da indústria de empilhadeiras elétricas.
Geralmente, a pessoa que faz a conversão tem um "veículo doador", que será a plataforma para
a conversão. Quase sempre ele é um carro movido à gaso
Novidade!
  • Em abril de 2007 a Itaipu Binacional deu início à montagem de dois protótipos de veículos elétricos, encomendados pela Eletrobrás.
  • Técnicos da Fiat são os responsáveis por treinar e supervisionar a equipe de montagem dos veículos.
  • A montagem desses veículos está sendo realizada num galpão da hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu, no Paraná.
  • Estes protótipos de carros elétricos devem ficar prontos até o começo de julho desse ano, já que há o interesse de que eles circulem nas ruas do Rio de Janeiro durante os Jogos Pan-Americanos.
  • Os carros escolhidos e que serão adaptados para serem movidos a eletrecidade são dois Pálio Weekend, considerado pela Fiat o melhor para adaptação do kit elétrico.
  • A Itaipu Binacional estima que a economia do carro elétrico é de quatro a cinco vezes maior do que o carro movido a gasolina.
  • Até o final do ano o ritmo de montagem dos carros elétricos será maior. A previsão é a montagem de 15 carros para atender empresas do setor elétrico do Brasil e do Paraguai.
lina, que será convertido para elétrico. A maioria dos veículos doadores tem câmbio manual.
Quem faz a conversão tem muitas escolhas em relação à tecnologia das baterias. A maioria das conversões domésticas usa baterias chumbo-ácido, mas existem várias opções:
  • baterias chumbo-ácido marítimas de ciclo profundo (estão disponíveis em toda a parte)
  • baterias de carro de golfe
  • baterias seladas de alto desempenho
As baterias podem ter eletrólitos líquidos, em gel ou AGM (eletrólito absorvido). As de eletrólito líquido tendem a ser mais baratas, mas têm o pico de força mais baixo.
Uma vez decidido sobre o motor, regulador e baterias, pode-se iniciar a conversão. Os passos são:
  1. remova o motor, o tanque de combustível, o sistema de escapamento, a embreagem e, talvez, o radiador do veículo doador. Alguns reguladores têm transistores resfriados a água, e outros a ar;
  2. anexe uma placa adaptadora à transmissão e instale o motor. Normalmente ele precisa de suportes específicos;
  3. em geral, o motor elétrico precisa de uma engrenagem de redução para ter eficiência máxima. A maneira mais fácil de criar a redução é travar a caixa manual existente na primeira ou segunda marcha. Se fosse criada uma caixa de redução específica, o peso seria reduzido. Entretanto, costuma ser um equipamento muito caro;
  4. instale o regulador;
  5. encontre espaço e construa braçadeiras que suportem todas as baterias com segurança. Instale-as. As baterias seladas têm a vantagem de poderem ser viradas de lado e encaixadas em qualquer cantinho;
  6. conecte as baterias e o motor ao regulador, com cabos de ligação bitola#00;
  7. se o carro tem direção hidráulica, conecte e instale um motor elétrico para alimentar a bomba de direção;
  8. se o carro tem ar-condicionado, conecte e instale um motor elétrico para o compressor;
  9. instale um pequeno aquecedor de água elétrico. Solde-o ao centro de calor existente ou use um pequeno aquecedor elétrico em cerâmica;
  10. se o carro tem servofreio, instale uma bomba de vácuo para acionar câmara de vácuo;
  11. instale um sistema de recarga;
  12. instale um conversor CC-CC para alimentar a bateria acessória;
  13. instale algum tipo de voltímetro capaz de detectar o estado da carga do conjunto de baterias. Este voltímetro substitui o medidor do nível de combustível;
  14. instale potenciômetros, ligue-os ao pedal do acelerador e conecte-os ao regulador;
  15. a maioria dos carros elétricos convertidos domesticamente com motor CC usa a marcha a ré da própria caixa manual. Motores CA com reguladores avançados funcionam simplesmente invertendo a rotação do motor. Dependendo da conversão, será necessário instalar algum tipo de interruptor de ré e conectar ao regulador;
  16. instale um grande relê (também conhecido como contactor), que pode conectar e desconectar o conjunto de baterias do regulador. O relê coloca o carro em "ligado" quando se deseja dirigir. É necessário um contactor que possa suportar centenas de ampères. Ele também deve interromper 96 a 300 volts DC sem o aparecimento de um arco voltaico;
  17. reconecte o interruptor de ignição, de forma que possa ligar todo o novo equipamento, inclusive o contactor.
Quando tudo estiver instalado e testado, o novo carro elétrico está pronto!
Uma conversão padrão utilizando peças novas custa entre R$ 10 mil e R$ 20 mil (sem considerar o custo do veículo doador e do serviço). O custo divide-se em:
  • baterias - R$ 2 mil a R$ 4 mil
  • motor - R$ 2 mil a R$ 4 mil
  • regulador - R$ 2 mil a R$ 4 mil
  • placa adaptadora - R$ 1.000 a R$ 2 mil
  • outros (motores, fiação, interruptores, etc.) - R$ 500 a R$ 2 mil
O Desafio EV
O Desafio EV (www.evchallenge.org) (site em inglês) é um programa educacional inovador de que participam estudantes do ensino fundamental e médio dos Estados Unidos. Ele se concentra na construção de carros movidos a eletricidade:
  • Os estudantes do ensino fundamental constroem modelos movidos a energia solar e competem entre si.
  • Os estudantes do ensino médio convertem veículos de tamanho natural movidos a gasolina para veículos elétricos. É um projeto de conversão completo, como descrito anteriormente neste artigo. Os jovens aprendem sobre tecnologia elétrica ao longo do ano e depois encontram-se durante dois dias. Além de construir o veículo elétrico, competem em autocross (velocidade e agilidade) e pesquisam sobre eventos da área, projeto de veículos, apresentações orais, solução de problemas, desenho de sites e envolvimento com a comunidade.
A maior parte dos recursos que sustentam "Desafio EV" vem de patrocinadores corporativos e organizações do governo, incluindo Advanced Energy Corporation, CPandL/Progress Energy, Duke Power, Dominion Virginia Power, NC Energy Office, NC Department of Environment and Natural Resources e EPA.
Jon Mauney, cujo carro é descrito no início deste artigo, faz parte do comitê diretor do EV Challenge. De acordo com Jon, CPandL deu início ao programa "The EV Challenge" na Carolina do Norte. O programa se estendeu para Carolina do Sul, Flórida, Virgínia, West Virginia e Georgia. Agora expande-se por todo o país. Milhares de estudantes já participaram do desafio.
Marshall Brain.  "HowStuffWorks - Como funcionam os carros elétricos".  Publicado em 27 de março de 2002  (atualizado em 23 de outubro de 2008) http://carros.hsw.uol.com.br/carros-eletricos.htm  (23 de abril de 2010)

fonte: https://carroseletricos.blogs.sapo.pt/580.html