Esses termos são facilmente encontrados no mundo dos
vinhos e conseguem confundir muita gente. Para entender melhor essa
questão, precisamos saber primeiro o que é um vinho Reserva, para depois conseguirmos diferenciá-lo do Reservado.
Em cada país existe uma legislação, no caso da Espanha, por exemplo, o termo Reserva
refere-se a vinhos que têm como regra amadurecer 36 meses, sendo pelo
menos 12 deles em barricas e os outros 24 na garrafa, antes de serem
comercializados.
Na Itália existe o termo Riserva, que
também é controlado por uma legislação, onde, como regra, o vinho tem
que amadurecer por pelo menos três anos antes de ser comercializado.
Nos países sul-americanos, como Chile e Argentina, não existe uma legislação que regulamente esses termos. Portanto, são bem mais flexíveis, diferente dos produtores na Europa.
Humm… sem legislação… já matou a charada?
O que é certo é que, nesses países, o termo Reservado
é destinado aos vinhos de entrada das vinícolas (os mais baratinhos),
pois são os vinhos frutados, sem passagem por madeira, sem complexidade
e, normalmente, produzidos em grande escala (industrial) e que já estão
prontos para o consumo. São exemplares em que toda a safra terão o mesmo
padrão, ou seja, mantém sempre equilíbrio. Concha Y Toro Reservado, por exemplo.
Já o termo Reserva, no Chile e na Argentina,
refere-se a um vinho que foi produzido com maiores cuidados, desde a
seleção das uvas ao processo de vinificação. Grande parte dos exemplares
que trazem essa classificação passam por barricas de carvalho, mas isto
não é uma regra. Portanto, podemos ter produtos que passaram ou não por
barricas, mas, de qualquer forma, indica qualidade superior se
comparados aos vinhos Reservados.
Para ficar mais claro, um exemplo: Seguindo uma ordem
de classificação de qualidade nesses países, podemos dizer que se inicia
pelo vinho de entrada que, para a maioria dos produtores, começa pelo Reservado, depois vem o Varietal (vinho produzido com apenas um tipo de uva), o Reserva, Reserva Especial, Gran Reserva, Edição Limitada, dentre outros.
Resumindo… não se deixe enganar. A minha opinião é: chamar um vinho de Reservado é
uma grande jogada de marketing e pode acabar enganando muita gente. Em
contrapartida, quem compra sabendo exatamente o que está comprando, aí
não tem problema nenhum. O que não pode é comprar gato por lebre, ou
melhor, Reservado por Reserva.
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sem frescura. fonte: http://vinhozinho.com.br/forum/thread/a-diferenca-entre-vinho-reserva-e-vinho-reservado/
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